A fim de aquecer as vendas dos veículos usados, a Fenauto (Federação Nacional dos Revendedores de Veículos Automotores) busca uma linha de crédito de capital de giro de R$ 2,5 bilhões para estimular a comercialização e dar novo fôlego à cerca de 10 mil empresários de um total de 42 mil lojas distribuídas pelo País.

 O presidente da Fenauto, Ilídio Gonçalves dos Santos, formalizou o pedido ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em janeiro, junto com outros 16 representantes regionais da entidade visando aquecer as vendas no setor e evitar a demissão de cerca de 250 mil trabalhadores.

 O objetivo da linha de crédito é dar suporte aos revendedores que contabilizam prejuízos com a perda de 30% do capital desde o mês de setembro do ano passado em razão da queda significativa dos preços dos veículos usados.

 Assim que definidos pontos técnicos do empréstimo, os recursos serão disponibilizados pelo Banco do Brasil e pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e deve atender aos lojistas que possuem até 30 veículos para a revenda. "Estamos trabalhando para minimizar os efeitos da crise mundial no setor. Queremos oferecer suporte aos empresários e trabalhadores", diz Santos.

 A revenda de veículos usados é um mercado bastante expressivo no País. A cada automóvel zero-quilômetro comercializado, três usados são vendidos - cerca de R$ 110 bilhões em financiamentos no ano.

 Ainda com o objetivo de alavancar a comercialização de veículos usados, a entidade colocou à disposição dos lojistas associados o ‘Selo Fenauto' - programa de incentivo à "comercialização segura".

 O consumidor que adquirir um usado vai receber um certificado de procedência do bem adquirido, que garante durante sete meses a qualidade do câmbio e motor do veículo, diminuindo de forma bastante expressiva as chances de panes mecânicas e assistência 24 horas em caso de imprevistos.