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Diário de Viagem - As duas Cubas
Por Especial para o Diário
03/04/2008 | 07:01
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Por muito tempo tive curiosidade em saber como viviam os cubanos no fechado regime do então governo de Fidel Castro e sempre me senti contagiada pelo alegre ritmo da salsa cubana. Então, no meio de 2006, lá fomos eu e meu marido, Pedro, para a ilha de Fidel.

 A primeira parte do pacote foi na faixa litorânea, em Varadero. O local tem lindos resorts banhados por um mar sem ondas de cor azul profundo e verde na área rasa. Desfrutamos de todo conforto de primeiro mundo e nos misturamos aos turistas europeus e canadenses, em sua maioria, além dos brasileiros.

 De Varadero é possível ir de barco a praias maravilhosas, com areias brancas e águas transparentes que lembram uma piscina, e coqueiros decorando a paisagem. Um exemplo disso é a de Cayo Blanco, aonde fomos de catamarã para passar um dia inesquecível. Na segunda parte ficamos em Havana.

 Parecia que havíamos feito uma viagem no tempo. Os carros de 1950 brilhando na rua, as crianças da escola fazendo o recreio e a aula de educação física na praça, as ruas limpas de fazer inveja a qualquer cidade brasileira.

 A capital inspira um ar romântico, tranqüilo, sem qualquer espécie de violência a que tanto nos acostumamos. No primeiro dia nos deparamos com uma enorme fila na praça e guardas impediam que turistas se juntassem a ela. Descobrimos que a fila era para a Sorveteria Cópelia, uma das diversões no fim de semana.

 A vida é demasiadamente simples por lá. É quase inacreditável que existe um país assim em pleno século 21. A comida servida nos restaurantes é ótima, bem farta e não é cara. O cardápio básico é arroz, feijão preto, carne de porco, frango e peixe.

 No Museu da Revolução pode-se conhecer toda a história do país, desde a colonização espanhola. Também é imperdível uma visita ao Capitólio, réplica do original dos Estados Unidos. A avenida beira-mar (Malecón) seria lindíssima se fossem restaurados os edifícios do início do século.

 De modo geral, a pobreza está presente, mas é incrível ver como a população é alegre, cantante, dançante e ávida por saber sobre nós, estrangeiros, principalmente brasileiros, porque lá no fundo temos muito em comum. Aliás, lá é rápido fazer amizade, basta conversar sobre novelas brasileiras, que em Cuba também são paixão nacional. Foi, sem dúvida, uma viagem interessante. Diferente e muito divertida, que vale a pena ser feita rápido, antes que tudo mude por lá depois de Fidel.

Eliana Santos

Santo André



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