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STF decide se células-tronco podem ser pesquisadas
03/03/2008 | 07:30
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O STF (Supremo Tribunal Federal) vota esta semana se as células-tronco embrionárias podem ser usadas em pesquisas científicas, como determinou a Lei de Biossegurança, de 2005, ou se devem ser protegidas pela Constituição como qualquer ser humano.

Nos bastidores do STF admite-se que, diante da complexidade do assunto, algum ministro pode pedir vista do processo e, assim, adiar a decisão.

Em discussão, o princípio da vida. O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, católico fervoroso, usou argumentos técnicos para concluir que o embrião tem vida e é protegido pela Constituição.

Os cientistas dizem que a vida humana só começa quando o embrião é inserido no útero - então, o embrião congelado poderia ser livremente pesquisado.

Uma decisão, portanto, que poderá contrariar um dogma da Igreja Católica, de que a vida começa na sua concepção, ou colocar um fim numa importante linha de pesquisa científica que procura a cura ou novos tratamentos para doenças degenerativas, como a paralisia cerebral.

Os defensores da Lei de Biossegurança levarão ao Supremo pessoas com doenças degenerativas com esperanças de tratamento.

O julgamento deve durar ao menos dois dias, mas um dos ministros pode pedir vista da ação, o que adiaria uma decisão sobre o caso.



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