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Mancadas e gafes da TV viram mania na internet
Por Da TV Press
08/07/2008 | 07:04
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A televisão não tem memória. Ou não tinha. Era muito difícil assistir a imagens específicas que tinham ido ao ar ontem. E quase impossível ver o que foi exibido há 10 anos. O site YouTube mudou isso, para o terror de animadores, atores e jornalistas da TV. Caso de Zileide Silva, que se perdeu no ar há poucas semanas, durante apresentação do Jornal Hoje.

O que aconteceu com ela pode ocorrer com qualquer apresentador, quando as informações do teleprompter e a ordem de exibição dos tapes são trocadas.

Nada comparável ao espanto de Britto Jr., do Hoje em Dia, da Record, ao entrevistar um casal junto há mais de 50 anos. Para surpresa de todos, no meio da conversa, o marido passa a discorrer sobre suas aventuras extraconjugais.

Há inúmeras outras mancadas no YouTube e em outros sites, como a apresentadora Christiane Pelajo encerrando o Jornal da Globo antes da hora, ou o seu colega de banca, William Waack, que trocou o nome da repórter Zelda Melo por outro mais escatológico. Uma das versões desse deslize obteve mais de 540 mil acessos no site YouTube.

São gafes que sempre aconteceram em todo o mundo, mas que antes ninguém revia. A própria televisão brasileira teria nascido com um tropeço. Ou melhor, uma garrafada. Conta a lenda que o empresário Assis Chateaubriand teria batizado o lançamento da TV Tupi, em 1950, no melhor estilo naval. Ou seja, quebrou uma garrafa de champagne numa das duas câmeras de TV de que a emissora dispunha. Ficou só com uma.

Com a internet - e agora também com o Top Five do programa CQC, da Band - esses pequenos desastres da vida eletrônica tornaram-se mais visíveis. Diante da amnésia da televisão brasileira, são mais do que bem-vindos, mesmo que quase sempre tenham um tom de vingança e de escracho ante a pretensa seriedade e perfeição dos programas de TV.

Não há na atualidade sequer um programa no ar dedicado à própria memória televisiva. O mais próximo disso é o VideoShow. Mas nem de longe ele procura ser uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto. É mais diversão do que informação.

Celulares tocam fora de hora, comentaristas cochilam, repórteres gaguejam, máquinas quebram, alças despencam, botões caem, enfim, tudo pode acontecer quando a transmissão é ao vivo.

Assumir os erros sem maiores dramas sempre é a melhor solução para jornalistas e telespectadores.

Como uma repórter alemã que teve um delicioso acesso de riso ao vivo. Ou uma apresentadora portuguesa que não se intimidou com um telefonema inesperado e grosseiro. Não são esses acidentes que denigrem a qualidade do jornalismo e dos programas de televisão.

Acidentes acontecem. E há tempos eles já fazem a alegria de cinéfilos, que podem assisti-los logo após os créditos dos filmes ou em extras dos DVDs. Ninguém é perfeito. Que bom. Assim é muito mais divertido.




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