Política Titulo Poupatempo
Câmara de Sto.André cancela
audiência sobre Poupatempo

Após declaração de Alckmin, vereadores decidiram
anular ato que discutiria o local do equipamento

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/10/2013 | 07:00
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A Câmara de Santo André cancelou ontem a audiência pública marcada para colocar em discussão o local para instalação do Poupatempo de serviços. A justificativa é de que o ato político, agendado para ocorrer segunda-feira no Legislativo, perdeu o objetivo diante do anúncio do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que, em visita a Santo André, anteontem, confirmou que a unidade está definida para ser construída no Atrium Shopping, na Avenida Giovanni Battista Pirelli, como antecipado com exclusividade pelo Diário.

O tucano vai, inclusive, assinar na quinta-feira o termo de convênio que formaliza a parceria com a Prefeitura e o empreendimento comercial. Apesar de o governo Carlos Grana (PT) ter feito a recomendação do novo local frente ao imbróglio jurídico em relação ao terreno da Rhodia, a decisão saiu do Palácio dos Bandeirantes, o que inviabilizou o encontro. “Se o governador já acertou o espaço, a audiência fica sem sentido”, admitiu o presidente da Casa, Donizeti Pereira (PV).

A audiência foi sugerida pelo vereador Luiz Zacarias (PTB), que faz parte do grupo que visava barrar a instalação do Poupatempo no shopping. A comissão avaliava que a área da Rhodia, comprada por R$ 8,3 milhões, durante a gestão Aidan Ravin (hoje no PSB, 2009-2012) continua a ser a melhor opção para acolher o equipamento. O petebista não descarta marcar outra audiência para discutir o impacto da implantação na localidade. “O debate tem que acontecer com o munícipe”, frisou.

Antes da mudança, havia acordo para que o terreno da Rhodia, na Rua Antônio Cardoso, adquirido para essa finalidade, recebesse a unidade estadual, só que desde o investimento, em 2010, a área está travada na Justiça. Existe processo de desapropriação em trâmite, sem prazo para julgamento do caso, no qual se indicou que o valor quitado, em juízo, é superestimado. Perícia judicial estipulou que o espaço vale R$ 7 milhões e colocou o local sob suspeita de contaminação do solo.

Donizeti sustentou que o grupo de vereadores articula outros tipos de ação daqui para frente. Há intenção de se reunir com a cúpula do Paço até sexta-feira para discutir a utilização do espaço da Rhodia. Segundo o verde, a ideia seria levantar a possibilidade jurídica de desfazer o negócio com a empresa química. “A Rhodia teve culpa nesse impasse. Não cumpriu seu papel, pois poderia ter chamado o juiz, aceitado valor inferior e executado com antecedência a remoção de terra (feita neste ano).”

Para tirar equipamentos públicos do aluguel, Grana cogita colocar a Secretaria de Obras e Serviços Públicos, a Pasta de Educação ou o CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda) no espaço da Rhodia. Com a eventual proposta de devolução da área da empresa química, o presidente da Câmara sugere que a Sosp seja alocada em terreno dado como contrapartida da Odebrecht, na Avenida Industrial, e a área da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito), no bairro Santa Terezinha, que entrará de serviço no Poupatempo, seja usado para, por exemplo, a CPETR.

O aluguel do prédio utilizado pelas secretarias de Obras, Educação e Desenvolvimento Econômico custará R$ 180 mil a partir de 2014.




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