Adepto das redes sociais para promover suas ações, o vereador de São Bernardo Pery Cartola (PPS) se envolveu em polêmica após publicar fotos e dados da sessão realizada dia 22. Na ocasião, o popular-socialista não participou dos trabalhos.

Apesar disso, ele divulgou foto no Facebook em que aparece no plenário da Câmara, seguido de um texto em que relatou a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). “Isso é importante, tendo em vista que assim fiscalizaremos melhor os investimentos da Prefeitura”, diz o texto de Pery.

A ausência do parlamentar foi justificada por motivo de saúde, mas no mesmo dia ele esteve em Brasília, apresentando a deputados federais e senadores um manifesto em defesa da redução da maioridade penal.
A atitude de Pery não foi bem recebida pelos integrantes da bancada governista, que estudam entrar com representação contra o parlamentar por quebra de decoro parlamentar.

Como ainda não há código de ética no Legislativo de São Bernardo, qualquer ação encaminhada contra Pery deve ser feita através de requerimento e passar pelo crivo dos demais vereadores.

O líder da bancada do PT contestou na tribuna a atitude do oposicionista. “Eu posso assinar o livro de presença depois das 9h ou antes disso?”, questionou. O petista pediu o registro das notas taquigráficas da Casa para avaliar a situação.

Pery assinou o livro de presença às 8h10, pouco depois da chegada dos funcionários da Câmara no plenário. Mas ele justificou que assinou a lista de presença às 9h, pouco antes do início da sessão.

Ele argumentou que houve um mal-entendido na justificativa apresentada para sua ausência. “Tive que resolver problemas particulares.”

O popular-socialista relatou que viajou à Capital Federal por volta de 13h. “Consultei o departamento jurídico da Câmara e me informaram que não haveria problema”, argumentou.

Se a justificativa para a ausência do parlamentar for desconsiderada pela direção da Casa, ele poderá ter desconto de R$ 501 no contracheque de R$ 15.031,76. Como os parlamentares recebem nos dias 15 e 30 de cada mês, o desconto só pode ser feito em junho.

O presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), se esquivou da polêmica. “A mesa diretora vai averiguar o que houve de fato para depois discutirmos o que pode ser feito”, disse.

Pery Cartola não maifestou preocupação com a possibilidade de desconto na folha de pagamento. “Se isso acontecer, não vou reivindicar o contrário”, ponderou.