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Dia dos Pais antecipado

Sabem que nunca gostei muito daquele clichezinho...

Por Carlos Ferrari
08/08/2012 | 00:00
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Sabem que nunca gostei muito daquele clichezinho: ‘dia de determinada coisa ou determinado alguém, é todo dia!'. Por outro lado, não se pode ignorar a sabedoria do povo, já que com o clichê vem a ideia de que todo dia pode ser sim um momento possível para se homenagear alguém ou determinada situação. Mas como eu ia dizendo, para mim, esse quase dito popular sempre me soou um pouco equivocado, visto que vejo com enorme importância os elementos simbólicos que permeiam essas celebrações.

Ter uma data reservada no calendário para reverenciar aquelas pessoas, ou momentos, que para nós são especiais significa ter a oportunidade de fazer algo maior do que geralmente já fazemos com amor. E mais: vivemos aqueles minutos e horas com intensidade merecida, porém, negligenciada graças a uma rotina impelida a nós por um piloto automático, que assumimos sem perceber, fruto de atribulado cotidiano.
Por conta dessas e de outras, que fazem com que muitas vezes percamos o controle da própria agenda, acabei tomando a decisão de antecipar o Dia dos Pais.

Tenham a certeza que não se tratou de medida pretensiosa, muito menos revolucionária. Tal decisão se deu, pois já havia comprometido a data, meses antes, com um compromisso de ministrar uma capacitação para dirigentes de ONGs no Estado de Goiás e, então, o jeito foi antecipar em uma semana a celebração.

No domingo, começamos a ‘festar' logo cedo. Seguimos, eu, minha mulher e filha, para a Cidade da Criança, localizada em São Bernardo. Acreditem, a escolha não poderia ter sido melhor. Não só pude me deliciar vendo minha bela Catarina, descobrindo em meio a sorrisos e uma pitada de medo cada atração, como também fiz uma viagem pessoal pelo tempo, lembrando de minhas idas frequentes àquele parque quase 30 anos antes.

Na parte da tarde foi a vez do churrasco em família. Minha filha - que havia chegado para o almoço e dormido em nossos braços depois de tantas brincadeiras -, em poucos minutos já corria para todo o canto, ganhando doces dos avós e tentando contar, com poucas palavras que já aprendeu, suas aventuras no velho parque, apresentado minutos antes por nós. 

Além de meus pais estavam Beto e Nice, um casal de primos queridos, tão presente em nossas vidas e memórias em outras datas especiais como, por exemplo, no dia de nosso casamento, assumindo a enorme responsabilidade de serem testemunhas daquele momento de nossa história. Também estavam lá o meu padrinho, Tio Bilo, com sua mulher, Edna, e seu filho Danilo, rapaz de ouro, que no início da juventude me deu a honra de poder crismá-lo e tê-lo, a partir de então, como afilhado.

Compartilho esses nomes e momentos simples como forma de chamar a atenção para a grandeza dessas datas. Seja por meio de um abraço ou uma oração ou de uma brincadeira no quintal, ou algumas lágrimas de saudade. Estando perto ou longe, domingo é dia de reverenciar a grandeza de ser pai.

Pessoalmente, mesmo estando longe e já tendo antecipado a festa, já vou deixar agendado com meu pai um brinde à distância com uma boa cerveja gelada. Já com minha bebê, o jeito vai ser segurar a emoção com um telefonema pela manhã e comermos juntos uma gigante barra de chocolate on-line.




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