Claúdio Conz Titulo
Um gigante banco de dados

Com tantas novidades na Convenção da NRF pude acompanhar alguns pontos muito interessantes sobre novas formas de consumir e vender

Cláudio Conz
24/01/2013 | 00:00
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Falamos tanto sobre futuro e não nos damos conta de que ele já chegou. Com tantas novidades na Convenção da NRF (National Retail Federation), que aconteceu na semana passada, pude acompanhar alguns pontos muito interessantes sobre novas formas de consumir e de vender, que não posso deixar de comentar. Você já imaginou se pudesse saber exatamente o que seu cliente quer, na hora que ele quer, quais concorrentes ele já procurou, como gosta de ser abordado? Isso faria diferença na hora de vender? Pois é, tudo isso já está se tornando possível graças a uma nova tecnologia denominada ‘Big Data', que promete revolucionar o comércio.

Originário do termo de tecnologia da informação, o conceito de Big Data é focado num imenso armazenamento de dados, com enorme velocidade. O Big Data é baseado no conceito de 5V: Valor, Veracidade, Variedade, Volume e Velocidade. O Big Data é tido por muitos, como a solução de eventuais situações problemáticas da economia. E devido ao modelo econômico adotado pela globalização, o termo just in time, totalmente dependente da necessidade de uma expansão virtual, se tornou a palavra de ordem das negociações e forçou a ampliação de estrutura para armazenamento de dados.

Mas, na prática, para quem trabalha com o comércio, o que isso significa? Há uma tendência de que as grandes marcas cada vez mais façam marketing direto na internet com mais e mais agressividade. Elas já estão monitorando tudo que nós digitamos no computador, no iPad, no celular e, a partir desses dados, conseguem enviar ofertas exclusivas quando, por exemplo, detectam que você fez busca por um produto que ela comercializa. Por um lado, é assustador a maneira como cada vez mais perdemos nossa ‘privacidade' na web. Você pensa estar trafegando livremente, enquanto diversas empresas monitoram e armazenam dados sobre sua navegação. Por outro, trata-se de uma revolução na forma de venda, que não pode ser desprezada de forma alguma.

Um dado interessante neste contexto é que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, utilizou esta tecnologia diretamente para sua reeleição e, mais uma vez, revolucionou para além das redes sociais. Sua equipe montou gigantesco banco de dados, com detalhes sobre cada eleitor e sobre a maneira como eles reagiam a diferentes abordagens. As informações orientaram voluntários, indicaram as melhores formas de arrecadar fundos e apontaram quem poderia ser convencido a apoiar a reeleição do presidente. Para quem trabalha com varejo, é impossível ficar alheio a estas novidades. Este ainda é tema bastante incipiente, mas que tende a tomar grandes dimensões num futuro próximo e fazer total diferença nas estratégias de marketing das empresas.




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