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Empresário vai ao Alasca de moto
Por Do Diário do Grande ABC
07/11/2007 | 07:06
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Depois de passar por 14 países e percorrer mais de 25 mil quilômetros em três meses e meio até chegar ao seu destino, o empresário carioca Flávio Kenup iniciou seu retorno ao Brasil para lançar um livro narrando sua aventura sobre duas rodas.

Kenup saiu daqui a bordo de uma moto Traxx SKY110-8 com destino ao Alaska. A volta do aventureiro ao País está prevista para o mês que vem.

“Esta foi a minha viagem mais inusitada. Andei no famoso Trem da Morte, na Bolívia, cheguei a atingir 4.500 metros altitude, fiquei quatro dias de cama com muita febre e estive preso no Panamá por dois dias por falta de documento. Além disso, teve o calor do deserto do Arizona e o frio do Alaska”, conta.

A viagem levou um ano para ser planejada. A moto sofreu algumas alterações para pegar a estrada. “Adaptei um baú de pizzaria, um protetor de cárter diferenciado e dois galões de gasolina com três litros.”

Na opinião do viajante, a principal dificuldade enfrentada em um projeto como esse é a solidão, apesar do grande número de pessoas que o piloto conheceu.

Kenup rodava, em média, 300 quilômetros por dia, com apenas material para camping, roupas, peças e ferramentas para a moto na bagagem. A SKY110-8 usada por Kenup tem 109 cm³ de cilindrada e desenvolve 7,07 cv de potência e 0,75 mkgf de torque.

Durante o percurso, ursos negros e búfalos fizeram parte do cenário do aventureiro. “Ainda não tenho planos para outras viagens. Quero chegar ao Brasil, curtir a família e lancar o livro sobre essa megaaventura”, planeja.

DE LÁ PARA CÁ

Desde maio de 2005, o francês Manuel Boileau tem vivido em um Citroën DS Break. A perua adaptada conta com cama, refrigerador, fogão e peças de carro para reposição.

Boileau é um dos integrantes voluntários do projeto Lunaya, que tem por objetivo arrecadar fundos para o Unicef. Durante dois anos e meio, ele percorreu 36 países a bordo do CS buscando crianças para responder a três perguntas: “Qual é o seu sonho?”, “O que você quer ser quando crescer?” e “O que significa ser adulto?”.

Cada criança, escolhida ao acaso, que participar, coloca sua mão coberta de tinta sobre o capô do DS. Ao final do projeto, a peça será leiloada em Paris e a renda revertida para o Unicef.

Para trafegar entre os países – Boileau esteve no mês passado no Brasil –, o motorista faz uso apenas de mapas de papel, pois acredita que a interatividade com as pessoas locais enriquece a viagem.

A principal preocupação, segundo o viajante, é procurar um lugar seguro para estacionar e dormir, além de de garantir banho e água potável diariamente. “A motivação maior de uma viagem como esta é fazer cada dia ser diferente do outro”, avalia.

Boileau deve chegar à França em fevereiro do ano que vem, quando termina sua aventura. O projeto levou dois anos para ser preparado e teve um custo estimado em US$ 30 mil.

ENQUANTO ISSO...

No dia 6 de outubro, o trio de amigos do Grande ABC formado por Aylton Baffa, Raul Alvares e Santiago Zuniga saíram em direção ao Peru em uma Chevrolet Veraneio 1974. A expedição, cuja duração prevista era de 33 dias, já chegou ao fim.

Neste período, Baffa, Alvares e Zuniga passaram por cenários, povos e culturas bem diferentes. Ainda no Brasil, seguindo pelo Mato Grosso, tiveram um exemplo das péssimas condições das estradas brasileiras.

“Uma delas, de terra, nos obrigou a fazer pequenas paradas para reaperto de alguns parafusos do carro”, conta Alvareds.

Em alguns lugares, como na Amazônia, o calor intenso foi capaz de estourar pneus. Já no Peru, devido ao mau estado das vias também, chegaram a percorrer 150 quilômetros em cinco horas.

Em Cusco, ainda no Peru, o trio se deparou com uma mesa com cabeças de bode, com bocas abertas e línguas de fora. Pessoas da cidade se deliciavam com uma sopa de maxilar de bode.



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