Na capital, Campo Grande, é registrada a maior adesao. Mas, na avaliaçao do comando geral da PM, a paralisaçao nao é total. O governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, transferiu a direçao das negociaçoes para o comandante-geral, coronel Francisco Carlos da Silva Moreira.

Para suprir parte do efetivo em greve, tenentes, subtenentes, capitaes, integrantes da banda da PM e até majores assumiram o policiamento ostensivo e estao atendendo às ocorrências.

De acordo com o presidente da Associaçao de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros, José Florêncio de Melo Irmao, calcula que 95% da tropa no Estado, de cerca de 4,2 mil cabos e soldados, já estao nos quartéis.

A assessoria de comunicaçao da corporaçao informou que os policiais já retornaram ao serviço em Corumbá. Nos municípios de Ponta Pora, fronteira com Paraguai; Três Lagoas, nordeste do estado, e Dourados, centro-sul, o aquartelamento nao chegou a mobilizar todos os PMs. Em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, a paralisaçao começou na tarde desta segunda.

O impasse nas negociaçoes está na definiçao dos reajustes. Os policiais querem um acréscimo de R$ 270 em seus vencimentos. Cabos e soldados passariam a ganhar, respectivamente, R$ 950 e R$ 840, em média. Mas, segundo o governador Zeca do PT, o governo só tem condiçoes de disponibilizar para toda a Polícia Militar R$ 1,3 milhoes. Zeca considera a situaçao tranqüila no Estado, apesar da greve que, como afirmou, nao afetou o policiamento nas penitenciárias.