O papagaio que morreu em quarentena na Grã-Bretanha com gripe aviária não estava infectado com nenhuma doença antes de ser exportado do Suriname, disse Edmund Rozenblad, chefe de assuntos veterinários do ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do país sul-americano. "O Suriname continua livre de gripe aviária", afirmou.

Rozenblad disse que nos últimos meses todas as cargas com vida silvestre, especialmente de aves, foram submetidas a exames de gripe das aves, conforme solicitado pelos importadores. "Todas as exportações saíram do Suriname com certificado de saúde", disse Rozenblad, afirmando ainda que em 2005 não houve nenhuma exportação direta de aves para a Grã-Bretanha.

Rozenblad disse que não acredita que a ave tenha sido infectada a caminho da Grã-Bretanha, pois nenhum dos outros pássaros da carga apresentou sintomas similares. "Em segundo lugar, as aves da carga foram exportadas a outros países europeus e do sul da Ásia, e nenhum destes informou ter recebido pássaros com a doença", acrescentou.

"Levando em conta que as aves do Suriname foram postas em quarentena junto com outras procedentes de Taiwan desde 16 de setembro, poderíamos facilmente assumir que o pássaro se infectou no Reino Unido", reforçou o funcionário.

A Grã-Bretanha anunciou na sexta-feira a morte do papagaio com gripe das aves. O animal estava em quarentena junto com outras aves importantes e é esperado para este sábado ou domingo o resultado dos exames para determinar se o vírus que o matou trata-se do tipo H5N1, potencialmente perigoso para o homem.

Este foi o primeiro caso de gripe das aves registrado na Grã-Bretanha, depois que se detectou no papagaio importado do Suriname o vírus H5.