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Aumenta pressao internacional contra o Estado palestino
Do Diário do Grande ABC
10/04/1999 | 12:54
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A pressao internacional sobre o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, para adiar a proclamaçao de um Estado palestino independente se intensificou ao aproximar-se o dia 4 de maio.

Mas, em seu próprio país, Arafat deve ao mesmo tempo fazer frente às expectativas em favor dessa proclamaçao. O presidente do Conselho legislativo palestino, Ahmed Korei, acaba de pedir-lhe que proclame o Estado palestino no dia 4 de maio, apesar da proximidade das eleiçoes gerais em Israel, dia 17 de maio.

Pessoas ligadas a Arafat asseguram que este ainda nao tomou uma decisao e que espera conseguir garantias internacionais antes de adiar temporariamente a independência. "Arafat esconde seus trunfos até o último minuto", disse uma dessas pessoas. O Conselho central da OLP, que deverá reunir-se em Gaza no próximo dia 27, terá de pronunciar-se.

Segundo altas autoridades palestinas, Arafat deseja garantias dos Estados Unidos e da Uniao Européia (UE) de que esse adiamento nao será por tempo ilimitado. Os Estados Unidos já defenderam um "adiamento nao indefinido" do estatuto final dos territórios palestinos, embora sem fixar uma data, enquanto a UE, favorável a um Estado palestino, fala de um ano no máximo e o Egito de seis meses.

Rússia, Japao e vários países visitados por Arafat em um giro internacional também lhe pediram para nao proclamar um Estado unilateralmente no dia 4 de maio. Entretanto, do ponto de vista palestino, um adiamento só é concebível se Israel concordar em aplicar os dispositivos dos acordos de autonomia - em particular a retirada militar na Cisjordânia - que ficaram em suspenso.

Os acordos de Oslo, assinados pela OLP em 1993 e 1995, estabeleciam que o período interino de autonomia palestina, iniciado em 4 de maio de 1994, duraria cinco anos. A partir do próximo 4 de maio, seria aplicado um "estatuto final" dos territórios palestinos, que ainda deve ser negociado.

Segundo os palestinos, esse estatuto deve ser de um Estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Leste como capital.




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