William foi convocado, na quinta-feira, para prestar esclarecimentos à CPI sobre seu suposto envolvimento com a organizaçao que, só entre 1994 e 1996, teria roubado e vendido na Bolívia 50 carretas Scânia e Volvo. O pagamento por estas carretas, segundo Meres, era feito, na maioria das vezes, em pasta-base de cocaína ou armas. Da quadrilha fariam parte ainda, conforme o motorista, o ex-deputado Hildebrando Pascoal, o deputado federal Augusto Farias (PPB-AL) e os deputados estaduais do Maranhao, José Gerardo e Francisco Caíca, entre outros.
Perplexos com a gravidade e o detalhamento das denúncias feitas pelo motorista, a CPI marcou para segunda-feira um acareaçao entre William Marques e Jorge Meres. Meres, segundo contou a CPI, trabalhou como motorista e segurança de William entre 1992 e 1997. "Se o advogado nao comparecer à CPI, isso poderá ser interpretado como uma confissao de culpa", afirmou o procurador da República no Distrito Federal, Luiz Francisco Souza. Augusto Farias, que reagiu com veemência às acusaçoes, prestará depoimento à CPI na quarta-feira. José Gerardo foi convocado para depor, na quinta-feira.
A partir desta segunda-feira também, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) decidirá se acolhe o pedido de abertura de processo de cassaçao do mandato do deputado José Aleksandro (PFL-AC). O pedido de cassaçao de José Aleksandro foi feito pela CPI, quarta-feira. O deputado, que assumiu a vaga de Hildebrando Pascoal, é acusado de desviar R$ 1,2 milhao da verba publicitária da Câmara de Vereadores de Rio Branco, entre outros crimes.
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