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Procuradoria quer novos inquéritos
11/08/2006 | 00:03
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O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, vai pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que instaure mais inquéritos contra parlamentares suspeitos de envolvimento em fraudes na compra de ambulâncias. A decisão da CPI dos Sanguessugas de denunciar 72 congressistas reforçou os indícios de existência do esquema e deverá ser um dos argumentos do procurador.

 Já tramitam no STF, em segredo de Justiça, 57 inquéritos contra 57 deputados suspeitos de participar das fraudes. Os novos pedidos deverão ser encaminhados em breve ao Supremo. Atualmente, Souza analisa novos documentos e o depoimento no qual o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da empresa Planam, afirmou que outros parlamentares teriam se beneficiado do esquema sanguessuga.

Não deve ser rápida a tramitação dos 57 inquéritos já abertos e dos outros que deverão ser instalados no STF. Como há muitos investigados, as apurações são mais complexas.

Paralelamente a isso, está em análise no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma consulta do deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ). O parlamentar pergunta se o tribunal não poderia levar em conta as provas já existentes e tomar a iniciativa de abrir processos para impugnação dos mandatos dos candidatos suspeitos de envolvimento com o esquema.

Na terça-feira, o TSE começou a analisar a consulta. Dois dos 7 ministros do tribunal já disseram que o órgão não deve dar uma resposta agora. A discussão foi interrompida por um pedido de vista do ministro Carlos Ayres Britto. A previsão é que seja retomada na próxima semana. Mas a expectativa é de que o TSE não agirá neste momento porque há um princípio jurídico segundo o qual ninguém pode ser considerado culpado até uma decisão definitiva da Justiça, o que pode levar anos.



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