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Prêmio de R$ 33,5 milhões turbina final paulista

Em casa, São Paulo recebe o Palmeiras na partida que define o campeão estadual de 2021

23/05/2021 | 07:00
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Divulgação/ Rubens Chiri/ Sãopaulofc


 Considerado o torneio menos importante da temporada dos grandes clubes de São Paulo em função do nível técnico dos competidores, o Paulista ganhou relevância e virou prioridade nas últimas semanas. São Paulo e Palmeiras decidem hoje o título estadual, às 16h, no Morumbi, depois de poupar seus titulares nos jogos da Libertadores, badalado torneio que garante vaga no Mundial de Clubes. Essa mudança de status do estadual em relação ao sul-americano era impensável anos atrás. O Paulistinha virou Paulistão.

Depois do empate por 0 a 0 no primeiro jogo da semifinal, no Allianz Parque, nova igualdade (por qualquer placar) levará a decisão para os pênaltis. O vencedor levará o título. Por ter feito a melhor campanha, o São Paulo leva a vantagem de fazer o segundo confronto em casa.

Disputado em cerca de três meses, o Campeonato Paulista merece o grau aumentativo também em função de sua rentabilidade. O campeão vai receber R$ 33,5 milhões. Para faturar esse mesmo valor, Palmeiras e São Paulo teriam de chegar ao menos na semifinal da Libertadores, quando receberiam R$ 40 milhões. Ou chegar também à penúltima fase da Copa do Brasil.

Para o São Paulo, o torneio estadual se tornou a primeira oportunidade da temporada de encerrar o jejum de nove anos sem títulos. No Alviverde, o bicampeonato seria resposta às críticas depois dos reveses na Supercopa do Brasil e na Recopa Sul-Americana e de uma campanha irregular na primeira fase. Por essas razões, a taça está longe de ser menos importante.

Para o técnico Hernán Crespo, a conquista é sinônimo de tranquilidade e respaldo para o restante da temporada. Vale o mesmo raciocínio para a diretoria, que tomou posse em janeiro. Foi por isso que o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, usou a expressão “Copa do Mundo” para se referir ao torneio. Essa obsessão orientou o planejamento da comissão técnica desde o início do torneio. Nas fases agudas, ela ficou ainda mais evidente. Com o aval dos diretores, poupou os titulares nos dois últimos jogos da Libertadores (Rentistas-URU e Racing-ARG). Todos os cuidados, entretanto, tiveram êxito relativo. O clube confirmou que a meia Benitez sofreu estiramento na coxa esquerda, praticamente descartando o argentino hoje. Já o lateral-direito Daniel Alves sofreu trauma no joelho e seria reavaliado. O clube vive ainda a expectativa pela volta de Luciano e Eder, que se recuperam de lesão.

Para o Palmeiras, o torneio foi ganhando peso aos poucos. Depois que a Federação Paulista de Futebol negou o pedido de adiamento do jogo com o Corinthians, ainda na fase de classificação, o atual campeão passou a escalar um time B. Às vezes, até o C no torneio. A prioridade escancarada era a Libertadores. Nas fases finais do Estadual, a situação mudou. A escalação reserva passou a ser mais encorpada.

Nas quartas de final diante do Bragantino, jogaram vários titulares – o gol da classificação foi marcado por Rony, destaque da temporada. Diante do Corinthians, na semifinal, a escalação foi a principal. Além disso, o técnico Abel Ferreira usou o time reserva na última partida da Libertadores, terça, no Allianz Parque – derrota por 4 a 3 para o Defensa y Justicia-ARG.




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