Setecidades Titulo Caso família carbonizada
Após um ano, Justiça ainda não decidiu se réus vão a júri popular

Anaflávia é acusada de matar pais e irmão; outros 4 estão presos pelo crime ocorrido em São Bernardo

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
28/01/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Há exatamente um ano crime bárbaro chocou o Grande ABC. Anaflávia Gonçalves, 24 anos, com a ajuda da namorada, Carina Ramos, 31, segundo acusação do MP (Ministério Público), matou seus pais Flaviana Meneses Gonçalves, 40, e Romuyuki Veras, 43, além do seu irmão Juan Victor Meneses Gonçalves, 15. Elas tiveram ajuda de Juliano Oliveira, 22, e Jonathan Fagundes, 23, primos de Carina, além de Guilherme Ramos, 19. As vítimas foram encontradas carbonizadas no porta-malas do carro da família, um Jeep Compass, na Estrada do Montanhão, em São Bernardo.

Passado um ano, os cinco réus estão presos e ainda esperam decisão da Justiça sobre o julgamento, se vão ou não a júri popular. Não há prazo para que uma definição seja anunciada. Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), o processo aguarda o encerramento da fase de instrução – quando as partes não pretendem mais apresentar provas. “Assim que essa fase terminar, a sentença que irá pronunciar ou não os acusados será proferida. Se forem pronunciados, vão à júri popular”, explica o TJ, em nota.

No segundo semestre de 2020, por três oportunidades, os acusados participaram de audiências de instrução na Justiça, que por conta da pandemia foram realizadas por videoconferência. Nesse período, o juiz da Vara do Júri e das Execuções de Santo André, Lucas Tambor Bueno ouviu depoimentos de testemunhas, como moradores do condomínio onde a família morava, no Jardim Irene, em Santo André, além da defesa dos réus e dos argumentos de acusação.

O advogado de defesa de Anaflavia e Carina, Lucas Domingos comenta que, se o caso não for levado a júri popular, elas serão julgadas por “juiz singular”, ou seja, sem a necessidade de júri composto por outras pessoas. Já o advogado Epaminondas Gomes de Farias, assistente de acusação contratado pela família das vítimas, acredita que eventual júri popular dará apoio ao MP para que os cinco acusados sejam condenados com a pena máxima, que pode chegar a 30 anos de cadeia.

Desde o início das investigações, Anaflávia e Carina alegam que participaram apenas do roubo, antes dos assassinatos, de R$ 85 mil que estariam em um cofre dentro da casa dos pais de Anaflávia.

O Diário não conseguiu contato com os advogados de defesa dos demais acusados.  




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