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Haverá união contra Atila na etapa final, prevê Donisete

Ex-prefeito de Mauá diz que experiência será vital para chegar ao 2º turno: ‘Quero apoio de todos’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/11/2020 | 00:32
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Claudinei Plaza/DGABC


Ex-prefeito de Mauá e candidato do PDT à Prefeitura neste ano, Donisete Braga avalia que será construída uma frente contra a tentativa de reeleição do prefeito Atila Jacomussi (PSB) no segundo turno e diz ser a figura com maior condição de derrotar o socialista na etapa final do pleito mauaense.

Em visita ao Diário, o pedetista reconheceu que seu governo (foi prefeito de Mauá entre 2013 e 2016, pelo PT) teve erros, mas que Atila somente “entregou ou pintou obras que deixei”. Ele aposta que a experiência na política, com mandatos de vereador, de deputado estadual e de prefeito será vital para a arrancada final para atingir o segundo turno.

“Acredito que nome que pode derrotar o Atila no segundo turno é o meu. Ele (Atila) tem feito movimento para que o PT (cujo prefeiturável é Marcelo Oliveira) vá com ele ao segundo turno. Ele quer aproveitar o desgaste da rejeição do PT para equilibrar com o desgaste dele e fazer tira-teima. Ele sabe que no comparativo com a minha candidatura, ele não tem como justificar”, disparou Donisete, que foi derrotado por Atila quatro anos atrás.

Apesar de ter saído do PT com críticas de militantes que ficaram, Donisete acredita que teria o apoio do petismo se fosse ao segundo turno contra Atila. “Não tenho dúvida disso. Há gente do PT que apoia minha candidatura agora. Tem militantes históricos que estão me apoiando. Há esse movimento pela nossa candidatura, há esse reconhecimento pela nossa candidatura e experiência em ser prefeito e deputado estadual.”

Ao analisar a gestão de seu sucessor, Donisete está afiado nas frases. “Ele fez grande teatro no governo. Ele tem envergonhado até o Pinócchio. É um personagem da alegria das crianças, mas ele envergonha o Pinócchio. Não é possível que a população de Mauá não vá enxergar isso”, disse. “O governo do Atila é o pior da emancipação política de Mauá. Nunca na história de Mauá tivemos prefeito que envergonhasse tanto a população. O Diniz (Lopes, interino), o Leonel (Damo), o Zé Carlos (Grecco), o Oswaldo (Dias), o meu, Dorival (Rezende), que nem convivi, foram melhores que ele. Hoje o povo de Mauá é motivo de chacota e de piada. Meus parentes da Bahia e do Interior toda semana mandam piadinha.”

O pedetista afirmou que pressionará a Petrobras para transferir a Mauá os royalties do refino do petróleo, dinheiro que hoje vai para São Caetano, declarou que vai zerar a fila por espera de vagas em creche utilizando convênios com igrejas e assegurou que utilizará o polo de costureiras para impulsionar a economia e geração de emprego locais. Estudei esses quatro anos para ser prefeito da cidade de novo. Eu me sinto mais preparado. Reconheço as falhas do governo, mas tudo que o Atila entregou fomos nós que deixamos. Queria encontrar no dicionário Aurélio uma palavra que pudesse destacar a tragédia que foi esse governo do Atila. O governo dele foi tão ruim que não encontrei uma palavra que pudesse destacar.”

Não serei vice igual Alaíde, cita Teka

Candidata a vice na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Donisete Braga (PDT), a ex-vereadora Teka Ferreira (PDT) declarou que “não quer ser uma vice igual a Alaíde Damo”, em referência à crise institucional vivida pelo atual prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), com sua vice, que é mulher do ex-prefeito Leonel Damo e mãe da ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB).

“Eu aceitei desistir da minha candidatura a vereadora, que era muito promissora, para ser vice do Donisete porque vejo que ele é o mais preparado, eu acredito nele. Mas fui clara quando decidi ser vice dele. Não serei uma Alaíde, não quero ser humilhada”, disparou a pedetista. “Vamos trabalhar juntos? Ótimo, então vamos ter o governo juntos também. Se o Donisete precisar sair, a Teka estará na cidade, despachando, tocando o governo. O que está estabelecido agora é um absurdo”, emendou Teka.

Alaíde foi alçada à condição de vice de Atila depois que Júnior Orosco (à época no MDB, hoje no PDT) teve sua candidatura como número dois da chapa impugnada pela Justiça Eleitoral. À ocasião, Orosco era genro de Alaíde.

A relação de Atila e Alaíde azedou depois que o socialista foi preso pela primeira vez, no âmbito da Operação Prato Feito. Passadas algumas semanas no poder, Alaíde iniciou processo de reformulação, exonerou aliados de Atila e deflagrou crise. Antes disso, porém, Alaíde sequer era chamada para participar das reuniões na Prefeitura. Ela admitira que passava o dia cuidando da família, sem ser contatada pelo chefe do Executivo.




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