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Estudante de Mauá protesta contra fim de passes
Por Marcelo Picolo
Da Redaçao
26/05/1999 | 00:06
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Cerca de 300 estudantes de escolas estaduais de Mauá fizeram nesta terça à noite um protesto em frente à casa do prefeito Oswaldo Dias (PT) com o auxílio de um carro de som cedido por um sindicato da cidade. A manifestaçao foi promovida pela Umes (Uniao Municipal dos Estudantes Secundaristas) contra o veto da Prefeitura, em vigor desde 1998, à distribuiçao de passes escolares para os alunos de baixa renda.

"Temos esse direito e vamos lutar por ele até o fim", disse Marcelo Pereira Orfao, presidente da Umes. Os estudantes saíram por volta das 19h da Escolas Estadual Professora Therezinha Sartori, o Viscondao, localizada na regiao central, e foram em passeata até a rua Jaboticabal, no Jardim Pedroso, onde mora Dias.

No momento da manifestaçao, a casa estava vazia. Segundo informaçoes do comandante da Guarda Municipal, Maurício Rodrigues Monteiro, o prefeito e a primeira-dama, Selma, estavam numa reuniao do Conselho Participativo na Igreja Sao Pedro, Vila Guarani.

Exaltados, alguns estudantes chegaram a apedrejar a casa do prefeito, mas foram inibidos logo no início devido à presença da Guarda Municipal, que nao precisou intervir com violência. Em determinados instantes, os estudantes ameaçaram acampar em frente à casa de Dias até que ele aparecesse. Desistiram da idéia, no entanto, às 21h40, quando perceberam que a tentativa seria em vao.

"Nao viemos preparados para acampar", justificou o presidente da Umes. "Mas nós voltaremos aqui se ele nao nos atender. Nao iremos deixá-lo sossegado". A Umes ameaça fazer nova passeata pelo centro da cidade na próxima semana, caso alguns de seus representantes nao conseguirem agendar uma reuniao com Oswaldo Dias.

A entidade sugere, como proposta, que a Prefeitura tente fazer um acordo com o governo do Estado ou até mesmo com a Viaçao Barao de Mauá para conseguir o passe livre para os estudantes. A justificativa do município para a extinçao da concessao do transporte gratuito é que só a manutençao do ensino fundamental gera a retençao de 15% dos impostos municipais, inviabilizando a liberaçao da verba.




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