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S.Bernardo é líder em afogamentos
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
27/12/2003 | 16:41
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O início do Verão significa mais preocupações com casos de afogamento. Até novembro desse ano, o Grande ABC teve 50 casos registrados pelo Corpo de Bombeiros em diversos braços da represa Billings. Desse total, 35 afogamentos aconteceram em São Bernardo. A maioria ocorreu no início do ano, em janeiro, fevereiro e março, época em que as temperaturas foram mais altas.

O único ponto com monitoramento fica dentro do Parque Municipal Estoril, em São Bernardo, onde uma equipe de quatro homens desenvolve trabalho de prevenção. Nos outros locais, os bombeiros só atendem casos emergenciais quando são chamados.

O oficial de operações do 8º GB (Grupamento de Bombeiros), tenente Cesar Casademunt Toller, afirmou que, como a região tem muitos lagos e braços de represa, a fiscalização em todos os locais fica praticamente inviável.

No Parque Estoril, uma viatura e um barco fazem vigilância permanente, para impedir que banhistas se afastem para os pontos mais fundos da represa. Os bombeiros também cobram o uso de coletes em pessoas que utilizam barcos ou caiaques, por exemplo.

A vigilância é feita EM todos os fins de semana ou feriados em que a temperatura é adequada para banho na represa. Esse ponto foi escolhido pelos bombeiros em razão da facilidade de acesso.

Os índices de balneabilidade dessas praias podem ser vistos no site da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), o www.cetesb.sp.gov.br.

Além desse ponto, porém, a Cetesb monitora a qualidade da água para banhos em outros sete locais na região – a prainha Taiti, em Ribeirão Pires; o Clube dos Metalúrgicos do ABC, em Santo André; a prainha do Parque Los Angeles, no Parque Imigrantes; a entrada da Dersa (perto do Km 28 da rodovia dos Imigrantes); o Clube de Campo; e a prainha do Riacho Grande. Esses últimos cinco em São Bernardo.

Um local em que a prevenção diminuiu a quantidade de ocorrências, segundo o tenente Toller, foi o tancão da morte, no Parque Guaraciaba, em Santo André, que não foi batizado dessa forma por acaso.

“Pedimos à Prefeitura que realizasse um trabalho de prevenção e isso surtiu efeito. Tivemos menos ocorrências lá nesse ano.” O Corpo de Bombeiros apóia campanhas de orientação feitas por prefeituras e órgãos especializados.

Entulho – A falta de chuva também pode representar perigo aos banhistas que se arriscam a nadar em locais que não conhecem bem. “Como os lagos ficam com pouca água, as pessoas podem se enroscar em galhos de árvore presos no fundo da represa”, advertiu o tenente Toller.

“Por isso, o mais prudente é nadar em um lugar que a pessoa conheça bem e evitar esses lagos às margens de rodovia, por exemplo, até porque não se sabe o que tem no fundo da água. Eles podem ser utilizados como depósito de entulho e ter muitas pedras, o que representa grande risco para os banhistas”, explicou o tenente.




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