A operação teve como saldo pelo menos dez motocicletas e dois carros apreendidos. A Polícia Civil e a Guarda Municipal encerraram a operação no início da noite, mas policiais militares continuaram revistando motoristas e veículos. Até as 20h, ninguém havia sido preso.

“O objetivo desse tipo de operação é coibir rachas e evitar que aconteçam novos acidentes na avenida”, disse o delegado assistente do 2º DP (Distrito Policial) de São Bernardo, Evandro Vieira de Lima. “Estamos revistando as pessoas e apreendendo carros e motos com a documentação irregular”, disse Lima enquanto participava da operação.

Mais de 100 jovens e adolescentes se acomodavam no canteiro central e nas calçadas da avenida para assistir aos rachas. A Kennedy voltou a ser usada como 'autódromo' neste mês, de acordo com o frentista Márcio Souza, 25 anos, que trabalha no local. Segundo ele, operações feitas no ano passado afugentaram o público e os 'competidores', que voltaram agora a aparecer no lugar.

Para Souza, a avenida tem de receber radares móveis. “Tinha um radar fixo, mas não adiantava nada, porque o pessoal passava devagar só ali e depois acelerava no meio da avenida”, disse.

Neste domingo, a Kennedy teve suas faixas interditadas durante alguns momentos, enquanto policiais e guardas paravam os motoristas e revistavam a platéia dos rachas. Não foram registrados tumultos.

Segundo o inspetor da Guarda Municipal Ivan César Tavares, esse tipo de operação é realizado periodicamente. “A última vez foi há uns 40 dias e foram apreendidas mais de dez motocicletas”, disse.

Acidente – A soldado da Polícia Militar Regiane Petronilia Nicolau, 29 anos, foi atropelada com violência na madrugada de sábado pelo estudante Renato Massumoto, 22, quando esperava em um ponto de ônibus na avenida. Regiane teve ferimentos graves na perna esquerda e corre o risco de ter de amputá-la. Masumoto fugiu sem prestar socorro à policial. Existe a suspeita de que ele participava de um racha.