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Jovem morre eletrocutado
em Santo André

Caio Lopes, 13 anos, soltava pipa na laje quando a linha do artefato encostou na fiação elétrica

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
28/12/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O adolescente Caio Henry Lopes Veloso, 13 anos, morreu eletrocutano na tarde de quinta-feira enquanto soltava pipa na laje da casa da avó, no bairro Sacadura Cabral, em Santo André. O acidente aconteceu por volta das 14h30, quando a linha do artefato encostou na fiação elétrica. Ele foi enterrado na tarde de ontem, no Cemitério do Curuçá, na mesma cidade.

O menino chegou a ser resgatado pelos familiares, mas não resistiu. O pai de Caio, o operador de empilhadeira Junior Barbosa Veloso, e o tio Luís Felipe Oliveira da Silva, que está desempregado, acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas resolveram pedir ajuda aos vizinhos e amigos para levar o adolescente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Sacadura Cabral, onde foi constatado o óbito. 

Silva comentou que Caio estava soltando pipa sozinho na laje. O tio escutou um grito e, na sequência, barulho de queda no andar de cima da casa. “Foi quando subi as escadas e vi que ele estava caido. Ele ainda estava acordado, mas foi perdendo a consciência aos poucos”, lamenta Silva. “Uma pessoa maravilhosa. Todos gostavam dele”, diz.

Sob o céu nublado, o corpo de Caio foi enterrado na tarde de ontem. O caixão foi carregado por familiares e amigos até o túmulo. Pelo menos 120 pessoas acompanharam a cerimônia, finalizada com aplausos. 

“Foi horrível. O pai dele (Caio) ligou para toda família para avisar”, comenta a estudante Júlia de Lima, 16, sobre a morte do primo, com quem convivia rotineiramente. Ela vive no bairro Tamarutaca, vizinho ao de Caio. “Todos sentimos muito. Ele era uma pessoa incrível”, destaca

CUIDADOS

Comandante do 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros, responsável pelo Grande ABC, o tenente-coronel Eduardo Drigo da Silva destaca que soltar pipa em laje é arriscado e, por isso, deve ser atitude evitada. “Areas periféricas apresentam ligações elétricas com fios mais baixos, muito perto dos telhados. Isso requer atenção dobrada”, ressalta. 

Drigo aconselha crianças e jovens a procurarem descampados para a prática de soltar pipa. “É mais seguro praticar a ação em locais onde não existe fiação por perto e longe de vias públicas, para evitar atropelamentos. É preciso atenção redobrada com os cortantes na linha do pipa, o que hoje ainda é muito utilizado, embora seja proibido”, finaliza. 




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