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Aquecimento econômico do País impulsiona setores de cobrança
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/09/2008 | 07:12
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Um dos segmentos que mais se beneficiam do aquecimento da economia e da expansão do crédito no País é o mercado das empresas de cobrança (ou de recuperação de crédito, como o setor se auto-intitula). Cresce a taxas significativas, que giraram em 20% ao ano nos últimos três anos.

O dado é da Aserc (Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito). Segundo o presidente da associação, José Roberto Romeu Roque, essa evolução tem ocorrido em função do crescimento das compras à prazo e não devido ao aumento da inadimplência.

Roque afirmou que o índice de inadimplentes nesse período tem se mantido estável, na faixa de 6%. Porém como a base de tomadores de empréstimos sobe, em números absolutos há mais devedores mas a proporção é a mesma.

O dirigente, que participou quinta-feira do II Congresso Nacional do setor, em São Paulo, avalia que a crise internacional deve gerar efeito reduzido no crescimento econômico do Brasil e considera que hà muito potencial de crescimento para a atividade.

No ano passado, o volume de crédito correspondia a pouco mais de 32% do PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, a soma da riqueza produzida no País). Chegou a 37% neste ano, de acordo com dados do Banco Central. "E ainda tem muito a crescer pois nos EUA é 120% e no Chile é 70% do PIB".

O País tem cerca de 1.200 empresas do ramo, que movimentam estimados R$ 800 milhões por mês. Apenas entre os filiados da Aserc, são 130 companhias, que geram 50 mil empregos.

Na região - Uma das grandes do setor, a Siscom, sediada em São Bernardo, segue em ritmo superior ao do mercado. Projeta uma alta de 35% em faturamento neste ano, depois de fechar 2007 com 32% de expansão.

A companhia tem crescido tanto em vendas quanto em número de empregados. Atualmente, são cerca de 1.200 funcionários. Destes, 800 estão na sede, que passará por reforma e vai ter mais 300 pontos de atendimento e gerar pelo menos 100 postos de trabalho até o início do próximo ano.

A empresa, que faz o serviço de cobrança para instituições financeiras, tem ganho mais espaço nesse mercado. "Muitos bancos estão centralizando (a atividade) em algumas grandes empresas, como a nossa", afirma o sócio da companhia, Claudio Kawasaki.

Também no Grande ABC, a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) tem um departamento de recuperação de crédito. Segundo o diretor, Mauro Abate, o volume de cobranças cresceu de 17% a 20% neste ano em relação a 2007.




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