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Andreense muda rotina e disputa prova ciclística de 2.500 quilômetros

Wilson Poletti foi um dos cinco atletas que completaram Super Randonneur Challenge

Por João Victor Romoli
16/12/2018 | 07:00
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Arquivo pessoal


O andreense Wilson Poletti, 37 anos, foi um dos cinco ciclistas que conseguiram superar os 2.500 quilômetros do Super Randonneur Challenge, no último mês, entre Caldas Novas e Cristalina, em Goiás. Ele, que trabalha na área de tecnologia e começou a disputar provas em 2013, fez história até na carreira, já que nunca havia percorrido tamanha distância.

Chamada de Audax, a famosa prova disputada por diversos ciclistas é diferente das demais, uma vez que é realizada com sequência de desafios. São etapas de 200, 300, 400 e 500 quilômetros, até completar 2.500. Como não tem definição de colocações, todos que conseguem chegar ao fim ganham troféu, medalha e certificado de conclusão. “Foi muito satisfatório para mim. Foi a distância mais longa que percorri e isso me estimula a continuar”, exaltou.

Em 2019, aliás, a edição já tem o calendário definido. Serão nove dias para os ciclistas completarem todos os desafios. O tempo máximo para realizar o percurso será de 212 horas e 30 minutos, com intervalo de descanso entre cada quilômetro.

Já analisando outras corridas de longa distância, preferidas dele, Poletti nem tinha planos de se especializar em ciclismo, já que só começou a pedalar em 2009, por brincadeira. “Fui pegando gosto. Até que, em 2013, conheci essa modalidade de longa distância e decidi me inscrever em provas. E vi que era isso que queria para o resto da vida. A cada prova sinto que superei um desafio e a sensação é ótima”, disse ele, que contou as principais dificuldades enfrentadas no começo da carreira.

“A diferença é que eu não tinha rotina de treino. Então sentia muitas dores e era algo que me deixava bem atrás de quem já estava acostumado. Mas comecei a treinar para aguentar o ritmo, cuidei da minha alimentação e isso foi fazendo a diferença. Hoje já estou no nível ideal”, falou o ciclista, que treina cinco vezes por semana pela região, revezando entre a Estrada Velha de Santos e o Rodoanel Mário Covas.

Com o ciclismo ficando ainda mais em evidência no embalo da tradicionalíssima Volta da França, que também é disputada em etapas e acontece anualmente, é cada vez mais comum ver pessoas utilizando a bicicleta para se locomover e até para trabalhar. Mesmo assim, Poletti acredita que a falta de apoio e de patrocínio ainda fará com que o esporte demore a crescer definitivamente no País.

“Nos últimos anos foi mais popular, teve evidência por isso. Mas ainda acho que o profissional teve declínio porque é um esporte que não tem muito apoio. Passam só as provas de importância na televisão e não rende tanta coisa para os ciclistas. Acho que ainda vai demorar para dar lucro”, completou.  




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