Artigo

Em 1994, nós, da CUT, fomos eleitos e assumimos, depois de anos de oposição, o Sindicato dos Bancários do ABC. Dois presidentes anteriores à minha gestão, José Luis e Vagner de Castro, cumpriram o papel de consolidar o sindicato na região e no ramo. Depois de duas gestões como presidente, posso afirmar com segurança que estamos cumprindo o nosso papel com dignidade e respeito aos trabalhadores. Nos últimos seis anos, saltamos de 60% de sócios para 75%, o que mostra a confiança da categoria. Nossa prioridade sempre foi viver da contribuição dos sócios, o que garante a representatividade da entidade e, desde 2011, começamos a devolver o imposto sindical. Investimos na estrutura da entidade e hoje temos duas novas sedes, a administrativa e a social, e um centro de formação profissional.

O nosso jurídico ganhou ações importantes e fez defesas em processos administrativos que garantiram o emprego e a integridade dos trabalhadores. Avançamos na comunicação com a categoria, por meio de boletins, site e torpedos. Apesar das dificuldades e pressões, conseguimos avanços em todas as campanhas salariais dos últimos seis anos, com muita luta e greve. Combater a terceirização, regulamentar o sistema financeiro, fiscalizar o Banco Central, melhorar as condições de trabalho e diminuir a rotatividade no setor são alguns desafios que a próxima gestão continuará enfrentando, além de outros.

O sindicato deverá ampliar a sua influência na política regional e nacional buscando melhorar as condições de vida da população e assim ampliar o seu papel de sindicato cidadão. Pensar em novo modelo de organização para incentivar a participação efetiva dos trabalhadores nos fóruns do sindicato, criando sentimento de apropriação do espaço, é outro objetivo a ser perseguido. E concomitante a isso, a entidade tem que se adaptar às novas tecnologias de comunicação, investir nas redes sociais e em conhecimento realizando pesquisas e estudos para planejar as ações a médio e curto prazos, pois a luta é constante. E enquanto houver trabalhadores e luta de classes, haverá sindicato.

Dia 1º deixo a presidência com a sensação do dever cumprido e agradeço o apoio dos bancários, da diretoria, dos funcionários, dos sindicatos irmãos, dos parlamentares e de tantas pessoas que sempre estiveram do meu lado. Tenho certeza absoluta de que a próxima gestão dará conta do recado e escreverá novos capítulos nessa história vitoriosa.

Maria Rita Serrano é presidente do Sindicato dos Bancários do ABC.

PALAVRA DO LEITOR

IPI

O governo continua apagando incêndio com redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Reforma tributária que é bom, nada! E a população se endividando cada dia mais.

Antônio Marcos Costa, Mauá

Resposta

Em relação à carta do leitor Luiz Antônio Ramos Ferreira (Linha I01, dia 25), a Prefeitura de Santo André, por meio da SA-Trans, informa que a Linha I01 está sendo autuada pelo descumprimento da determinação que prevê operação com sete micrões, em dias úteis, com intervalos médios de 25 minutos entre suas partidas. Aos sábados, a linha opera com três veículos, com intervalos de 40 minutos. Aos domingos circulam dois carros, com intervalos de 50 minutos. O serviço prestado não é circular e tem horários de saída da Fundação Santo André. A gestora dos transportes públicos ressalta, ainda, que a linha passa por fiscalizações constantes, além de ser submetida ao monitoramento via GPS.

Prefeitura de Santo André

Abuso de poder?

Diariamente, por volta das 6h30, na Rua João Pessoa, em São Caetano, entre a Rua Luís Gama e o Viaduto Independência, diversos caminhões ficam estacionados em fila, prejudicando e quase impossibilitando a circulação de veículos. Vale lembrar que é proibido o estacionamento no local, devidamente sinalizado. Pois bem, ontem, como já se tornou frequente, caminhões novamente atrapalhavam o trânsito parados na faixa da direita da referida rua. Havia um agente de trânsito da cidade que tentava, em vão, controlar a situação caótica. No entanto, em nenhum momento ele tentou remover os caminhões do lugar, tampouco os multava. Simplesmente bloqueou a rua na mão contrária e tentava, sem nenhum sucesso, fazer com que o trânsito fluísse. Que ele não consiga solucionar o problema sozinho é uma coisa, agora ameaçar motoristas (cidadãos, contribuintes e eleitores) com um bloco de multas é no mínimo atitude autoritária, completo descaso com as pessoas que ali tentavam transitar, abuso de poder praticado por agente público.

Douglas Emiliani, São Caetano

Contran

A nova resolução do Contran que institui diversas obrigações aos motofretistas e mototaxistas é medida que pode reduzir o excessivo número de acidentes com motocicletas. Considerando que é veículo extremamente perigoso e de baixa visibilidade no trânsito, o uso de jaquetas reflexivas e adesivos refletivos nas motos deveria ser obrigatório a todos os condutores de motocicletas. Todas as medidas visando reduzir os acidentes de trânsito são benéficas, mesmo que tragam prejuízo estético.

Daniel Marques, Virginópolis (MG)

Eleição

É impressionante o nível que está atingindo a próxima eleição à Prefeitura de Santo André. Um ilustre desconhecido, Ricardo Torres, apresenta-se como presidente do PSDB local e impõe sua condição de concorrer a vice-prefeito na chapa de Aidan Ravin. Já não bastasse a situação complicada que está atravessando o prefeito, candidato à reeleição. O pleiteante, além de prescindir de qualquer postura ética, vem demonstrar que é francoatirador, independentemente de qualquer ideologia política, ameaçando abraçar o candidato Salles, também postulante ao cargo de prefeito.

Fernando Martins, Santo André