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Paço de Diadema confirma três novos casos de febre amarela

Pacientes contraíram a doença em Minas Gerais; região soma nove registros do vírus e duas mortes

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
06/03/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 A Prefeitura de Diadema confirmou, ontem, três novos casos de febre amarela na cidade – um homem e duas mulheres. Segundo a administração, os pacientes contraíram a doença em Minas Gerais e passam bem. Até o momento, nove moradores do Grande ABC foram infectados pelo vírus, sendo que dois deles morreram (um de Santo André e um de Ribeirão Pires, ambos contaminados em Atibaia e Mairiporã, respectivamente).

O único caso autóctone, ou seja, contraído dentro da cidade, foi em São Bernardo, onde há também outro registro importado confirmado. Há ainda um paciente contaminado em Santo André e um em Diadema.

Devido ao aumento de casos da doença e aos baixos índices de imunização do público-alvo (pessoas que residem em áreas de risco), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou, pela terceira vez, a campanha de vacinação contra a febre amarela, que seria encerrada na última sexta-feira.

Com a medida, até o dia 16, todas as 130 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do Grande ABC continuarão a fornecer proteção contra o vírus, das 8h às 17h. A estimativa das prefeituras é a de que pelo menos 1,2 milhão de moradores da região ainda precisem ser vacinados.

Segundo balanço das prefeituras, apenas dois municípios do Grande ABC conseguiram, até ontem, vacinar mais da metade de sua população.

São Caetano é a cidade com o melhor índice. Ao todo, 77.032 pessoas já foram imunizadas, o que representa 84% do público-alvo. Na sequência aparece Diadema, com 216.097 pessoas protegidas (51,7%).

Todas as demais cidades continuam com dificuldades de vacinar seus habitantes, mesmo com a realização de campanhas educativas. Em Santo André, por exemplo, que no sábado promoveu o quarto mutirão, apenas 39,06% do público-alvo foi vacinado. Ao todo, foram 243.445 imunizações realizadas na cidade.

A situação se repete em São Bernardo, onde até escolas foram utilizadas como postos de vacinação no início de fevereiro. Segundo a Prefeitura, foram 347,2 mil vacinados até o momento.

Mesmo com vacinação porta a porta, Ribeirão Pires também continua com índice baixo de imunização. Até ontem, foram 35.997 pessoas vacinadas. Em Mauá, foram 132.825 habitantes protegidos contra o vírus. Rio Grande da Serra, por sua vez, o índice de imunização é de 45,64%.

 

MONITORAMENTO

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, garantiu ontem que não há registros de que o vírus da febre amarela circule por meio do mosquito Aedes aegypti, o que poderia fazer com que a doença migrasse para área urbana. Segundo ele, a possibilidade é constantemente checada pelos especialistas do Estado.

“Eles vigiam os mosquitos. Eles ficaram em Mairiporã, vigiando não só o Haemagogus (mosquito transmissor da febre amarela silvestre), mas o Aedes aegypti, para saber se ele também estava infectado. Então, há uma vigilância no Estado inteiro para saber se o Aedes aegypti, que é o transmissor da febre amarela urbana, está infectado ou não. Nesse momento, não encontramos nenhum caso”, declarou Uip, após participar da abertura de um simpósio sobre a doença.

Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, até sexta-feira, foram registrados 286 casos autóctones (contraídos no próprio local) de febre amarela silvestre no Estado. Desses, 102 resultaram em morte. (com ABr)




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