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Corolla muda para manter-se líder
Por Marcelo Monegato
Enviado a Atibaia
23/03/2011 | 07:00
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Enquanto a Honda promete a nova geração do Civic para o segundo semestre, a Chevrolet já confirmou a aposentadoria do Vectra para a chegada do Cruze e os franceses atacam de Renault Fluence e Peugeot 408, a Toyota aposta em pequenas evoluções estéticas, técnicas e de conteúdo do Corolla para manter-se líder de vendas entre os sedãs médios pelo terceiro ano consecutivo.

Com quatro opções de acabamento, duas de transmissão (automática e manual) e outras duas de motor (1.8 16V e 2.0 16V - ambas flexíveis), a linha 2012 chega às concessionárias dia 29 com tabela a partir de R$ 63.570.

Por fora, as modificações foram pontuais. E a tentativa da Toyota de aproximar o Corolla do irmão maior Camry é nítida. Na dianteira, capô, grade do radiador e para-choque foram redesenhados. A traseira ganhou lanternas com novo set de lâmpadas. Destaque especial para as versões XEi e Altis (topo de linha) com iluminação em LED.

Em termos técnicos, a novidade fica por conta da adoção do duplo comando de válvula variável (Dual VVT-i) para o motor 1.8 16V Flex, que equipa as versões XLi e GLi. Agora, quando abastecido com etanol, são 144 cv de potência e 18,6 mkgf de torque - 8 cv e 1,1 mkgf a mais que o bloco anterior. Para melhor proveito deste revigorado bloco, a Toyota optou por adotar, além da caixa automática, transmissão manual de seis velocidades, em vez de apenas cinco.

As opções XEi e Altis - ambas ofertadas apenas com transmissão automática de quatro velocidades, com opção de trocas manuais pela alavanca ou borboletas atrás do volante - continuam com o prazeroso motor 2.0 16V Dual VVT-i Flex de até 153 cv de potência e 20,7 mkgf de torque (etanol).

Internamente, o acabamento foi revisto, apesar de o visual manter-se sóbrio - característica do Corolla, ou melhor, dos carros da Toyota. O material emborrachado sobre o painel agora traz a cor preta. Nas versões de entrada, os bancos têm novo revestimento. Os detalhes em madeira da opção Altis também ganharam tons mais escuros. Porém, todo o resto - peças plásticas de boa qualidade e encaixes precisos - é idêntico ao Corolla passado.

Entre os equipamentos de série, poucas inovações. Todas as versões trazem air bag duplo, direção eletroassistida progressiva e ar-condicionado de série. Freios com ABS só a partir da GLi, assim como rodas de liga leve de 16 polegadas e volante com controle de áudio. A Altis é a mais requintada, com bancos revestidos de couro, ajuste elétrico do banco do motorista e câmera de estacionamento traseira com visor no espelho retrovisor.

AVALIAÇÃO - Rodamos pela região de Atibaia com as versões GLi automática e XLi manual para entender as evoluções. E, mecanicamente, as alterações agradaram. O sistema Dual VVT-i revigorou o bloco 1.8. As acelerações e retomadas estão melhores, apesar de a caixa automática de apenas quatro marchas inibir parte do vigor do bloco.

Na opção manual de seis marchas, o casamento motor/câmbio está perfeito. As respostas são ágeis e satisfatórias, apesar de o torque máximo estar disponível apenas a 4.800 rpm. Os engates são curtos e precisos - um pouco duros, talvez, mas nada de muito desconfortável.

Em sexta marcha a 120 km/h, o silêncio reina no habitáculo a 3.000 rpm.

Apesar das mudanças, o Corolla 2012 lembra - e muito - a versão 2011. A saúde está um pouco melhor, é verdade, mas o pacote de itens de série e os preços praticados podem ser obstáculos para o objetivo da Toyota de vender 55 mil Corollas neste ano - 100 mil veículos ao todo. A concorrência vem forte, apostando no custo-benefício, definitivamente o principal ponto fraco do japonês líder de mercado.




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