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'Sem Saída' educa, diz Márcio Garcia
Por André Bernardo
Da TV Press
10/12/2004 | 08:59
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Márcio Garcia se diz um profissional movido a desafios. O primeiro deles, recorda, aconteceu em 1994, quando apresentou um programa de esportes radicais na MTV. Nele, o também ator pulava de bungee jump, saltava de pára-quedas e mergulhava com tubarões. "Minha mãe rezou tanto que, um dia, parei com isso", diz. Dez anos depois, ele encara outro desafio profissional: apresentar um reality show na Record. Márcio garante que o Sem Saída difere dos outros representantes do gênero por ser uma autêntica aula de conhecimentos gerais. "Outro dia, fiquei sabendo que o barulho que a hiena produz é ulular. Nunca tinha ouvido falar disso!", afirma.

Para assumir o comando do Sem Saída, porém, Márcio teve de abrir mão de muitas coisas. De sua casa no Rio, do futevôlei na praia, dos cachorros. "Ainda moro no Rio. Ou melhor: eu acho que moro. Afinal, fico em São Paulo de segunda a sábado", diz. Brincadeiras à parte, o ator não se arrepende do que fez. Muito pelo contrário. Ele se orgulha de ter saído da Globo, onde trabalhou por 10 anos, depois do sucesso obtido com o michê Marcos de Celebridade. Na nova emissora, inclusive, ele já está cotado para atuar em uma de suas próximas novelas. Sem Saída vai ao ar de segunda a sexta, às 21h15. Segundo a Record, a média de audiência é de cinco pontos.

PERGUNTA: Que balanço você faz da primeira temporada do Sem Saída?

MÁRCIO GARCIA: O Sem Saída é um conceito novo de reality show. Não é voyeurismo, pura e simplesmente. O conceito do programa é o que mais me atraiu. A gente ensina coisas que todo mundo aprendeu na escola, mas esqueceu algum dia. Por isso mesmo, o Sem Saída é o tipo de reality show que as pessoas não precisam ter vergonha de assistir. Conheço um monte de gente que vê reality show escondido, é mole? Quando liga a televisão, tranca a porta do quarto.

PERGUNTA: Em algum momento, você se arrependeu de ter trocado a Globo pela Record?

GARCIA: De jeito nenhum. Eu já estava na Globo há dez anos, era hora mesmo de mudar. O Marcos, de Celebridade, foi um personagem bacana e, igual a ele, tenho certeza, virão outros. Mas eu gosto de dar valor ao presente. O que passou, passou. Adorei a novela, o personagem foi dez, tudo que o Gilberto Braga faz é sucesso, mas vou tocar a minha vida normalmente.

PERGUNTA: Você prefere atuar ou apresentar?

GARCIA: A responsabilidade maior, sem dúvida, é apresentar. Ali, você não pode se calçar ou se esconder em nenhum personagem. Você tem é de imprimir uma marca pessoal ao que está fazendo. Mas, ao mesmo tempo, atuar é bacana porque você pode interpretar os mais diferentes tipos. E, nesse caso, quanto mais diferente, mais divertido fica. Na verdade, não fico atrás de um personagem x ou y, nem de fazer um programa assim ou assado. Eu quero, sim, é ser feliz naquilo que estou fazendo no momento.

PERGUNTA: Das pérolas do Sem Saída, qual a favorita?

GARCIA: Ah, sai cada uma no programa. Outro dia mesmo, uma menina disse que a capital do Japão é a Coréia. Outra falou que H20 era um tipo sangüíneo. Aí, não agüentei: 'Tá bom, tá bom, não precisa nem citar os outros'. Eu aposto como ela sabia! Acontece que ela estava completamente em transe. Mais adiante, outra participante respondeu que o estado sólido da água é líquido. Tem de rir. Vou fazer o quê? Mas também não posso rir muito senão eu deixo eles sem graça.

PERGUNTA: E depois do Sem Saída? Voltará às novelas?

GARCIA: Minha carreira de ator será retomada, sim, mas não por enquanto. Depois de Sem Saída, eu devo emplacar um programa semanal. Mas tudo o que eu disser agora será prematuro. O importante é que a Record está acreditando em mim e eu nela.




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