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Vinícola gaúcha lança bag-in-box
Ricardo Ditchun
Do Diário do Grande ABC
22/10/2005 | 08:10
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Comum em países europeus, Chile, Estados Unidos, Austrália e na África do Sul, a caixa de vinho fino acaba de chegar ao mercado brasileiro por iniciativa da vinícola gaúcha Casa Valduga. A idéia é facilitar a vida de consumidores (em casa, durante encontros e festas, ou em bares e restaurantes) dispostos a degustar de uma a três taças de vinho sem a necessidade de abrir uma garrafa quando há risco de não consumí-la imediatamente.

A caixa da Valduga, chamada bag-in-box, traz 5 litros do tinto Alto Vale, safra 2004, obtido com a cepa cabernet sauvignon (por enquanto, só há oferta com essa uva). A bebida, de aromas frutados, tem sua tipicidade valorizada em função de uma breve - mas importante - passagem por carvalho francês. Sai por R$ 40, em média. O custo é baixo - sobretudo se a conta for feita por litro de vi-nho - e o benefício, excepcional.

A análise organoléptica resulta em uma bebida caracterizada por um visual vermelho rubi profundo, límpido e envolvente. No olfato são percebidas complexidade e intensas notas de frutas vermelhas maduras e especiarias. Na boca, o Alto Vale é agradável, com bom corpo e taninos finos e amadurecidos. O resultado é um vinho equilibrado e macio ao paladar que deve ser consumido entre 15 e 17 graus centígrados. A harmonização pode ser feita com massas acompanhadas de molhos diversos, queijos leves, carnes brancas e vermelhas grelhadas e fondues.

A fim de garantir a durabilidade, o vinho é acondicionado em uma bolsa interna feita com polietileno de baixa densidade revestida com barreira laminada metalizada - uma multicamada com Nylon e EVCH. Tudo para impedir a degradação que o oxigênio provoca na bebida. Por fora, uma caixa retangular de papel micro ondulado abriga a bolsa e exibe válvula interativa flex tap (pressionada, libera a bebida em fluxo contínuo; solta, veda completamente sem pingar).

Ainda sem concorrentes brasileiros, a Casa Valduga, do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), por enquanto, deve se preocupar apenas com as caixas importadas. De Mendoza, na Argentina, por exemplo, há o Alto Agrelo (malbec), um bom tinto encorpado, de cor intensa e taninos persistentes. É ideal para ser consumido com queijos e carnes mais fortes. Custa cerca de R$ 30, mas em versão que contém apenas 3 litros.




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