Eleições 2016 Titulo Santo André
Em 3º debate, Paulinho e Grana trocam provocações
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/10/2016 | 07:00
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Reprodução


Candidatos ao Paço de Santo André neste segundo turno, o atual prefeito Carlos Grana (PT), que tenta a reeleição, e o ex-vereador Paulinho Serra (PSDB) participaram ontem do terceiro confronto da etapa final do pleito, realizado pelo portal G1 – antes Rádio Bandeirantes e Record News –, marcado por troca de provocações. Em meio à apresentação de propostas, o petista utilizou a mesma estratégia de embates passados, visando colar a imagem de Paulinho ao seu governo e mudanças de partido do rival, enquanto o tucano procurou criticar a fórmula de gestão para favorecer o PT e atrelar a figura do adversário à crise da legenda.

Logo na primeira oportunidade de fala, Grana frisou por duas vezes que Paulinho foi seu funcionário por quase três anos. Na sequência, falou que o adversário “se entregou ao projeto do PSDB”. O tucano afirmou que se deixou o Paço é porque “houve traição”. “(Gestão) Era para ser das pessoas, transformou-se em governo do PT, que não funciona, o País já sabe disso”, disse, retrucando que não foi seu funcionário. “O PT tem essa mania de achar que a Prefeitura e a cidade são deles, do partido. Tenho orgulho de ter servido a cidade que nasci. Não escondo isso. A Prefeitura não é do PT.”

No embate seguinte, Grana destacou, em tom de ironia, a proposta de Paulinho de implantar Operação Delegada, citada como bico da PM (Polícia Militar). O tucano respondeu que o item consta no plano de governo, condenando a prática de politizar guerra entre PT (município) e PSDB (governo do Estado). “Vamos retomar as rondas escolares, que não sei o porquê você abandonou. Com 250 novos guardas faremos isso.” O prefeito, por sua vez, falou que cobrará do governador Geraldo Alckmin (PSDB) aumento do efetivo da PM. “É isso o que a cidade precisa.”

Quando a pergunta era sobre Orçamento, Grana assinalou que o rival fica “insistindo no PT” nos debates, mas que a “eleição não é de partido político”. Na sequência, o petista contestou dados levantados por Paulinho e atacou que o PSDB está “apoiando a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que extermina os investimentos em serviços públicos”. O tucano afirmou que “mentira é do DNA petista”, acrescentando que vai retomar o desenvolvimento econômico, sem aumentar tributos, a exemplo do ISS e IPTU. “Iremos fazer gestão mais enxuta, acabando com desperdício, e reduzir imposto do empreendedor.”

Grana alfinetou que Paulinho prega ser ‘cara nova’, só que pratica a velha política ao pular de galho em galho, citando mudanças do “PFL, DEM, PSDB, PSD e depois PSDB novamente”. O tucano retrucou que o petista busca enganar o eleitor por saber, primeiramente, que PFL e DEM são a mesma sigla. “Mudei de partido e assumo. Você (Grana) também deveria. Ficar no partido que causou o maior rombo na economia do País, patrocinou o maior escândalo de corrupção do mundo, que grande parte dos líderes estão presos em Curitiba.” 




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