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Quarto acusado de seqüestro de estudante é conhecido da família
Por Tatiane Moreno
Especial para o Diário
10/12/2004 | 09:13
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A Polícia Civil de Diadema prendeu nesta quinta Jamil Kassem, 25, o quarto integrante do bando que teria seqüestrado o estudante de Direito K.S.M., 20 anos, no último dia 2 de novembro. Kassem tem ascendência libanesa e é conhecido da família. Ele negou participação no crime.

O estudante seqüestrado estava em casa com a família, e comemorava o Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos), quando três homens entraram na residência, localizada na Vila Conceição, em Diadema. Depois de permanecer 36 dias em cativeiro, quarta, a Polícia Militar libertou o rapaz, que foi encontrado nu e amarrado em uma cama num barraco na favela do Fiozão, no bairro Americanópolis, zona Sul da capital, na divisa de Diadema.

Quando estourou o cativeiro, na madrugada desta quarta, a PM prendeu Rodrigo Simão de Jesus Correia, 18 anos, e Jair Santos Nogueira, 20, que estavam no interior do barraco. À tarde, Rodrigo Canton Souza, 24, acusado de ser o chefe do bando, foi preso por policiais da Divisão Anti-Seqüestro e da Seccional de Diadema. Ele mantinha refém uma mulher de 68 anos, que foi seqüestrada no dia 28 de outubro, no Jabaquara, zona Sul de São Paulo. A polícia prendeu Canton em casa. No momento da prisão, ele teria ligado para os comparsas para libertar a mulher, que foi deixada no porta-malas de um Voyage, numa travessa da rua Cupecê, em Americanópolis.

Levado à delegacia Anti-Seqüestro, Canton, conhecido como Rodriguinho, teria entregado para a polícia o nome do quarto integrante da quadrilha: Jamil Kassem. A família de Kassem, assim como a do estudante seqüestrado K.S.M., é de comerciantes. Nesta quinta, o tio da vítima, o comerciante Moumtez El Orra, 45 anos, disse que não acredita que Kassem tenha participado do crime. "Fomos surpreendidos. Conheço a família de Jamil, inclusive freqüento a casa dele e sei que ele não teria motivos para se envolver nesse seqüestro. Torço para que ele seja inocente."

O delegado-assistente Mitiaki Yamamoto, da Seccional de Diadema, não concorda com o tio da vítima. "Pela investigação e pelos detalhes que Rodriguinho forneceu à polícia tudo leva a crer que ele (Jamil Kassem) teve participação no crime. Foi ele quem teria fornecido todas as informações da família para o bando", afirmou.

A polícia informou que Rodriguinho era quem negociava o pagamento do resgate com a família, embora não tenha fornecido provas de que o estudante estaria vivo. O tio de K., Moumtez El Orra, disse que sempre que a família pedia provas de vida, o negociador desligava o telefone dizendo que ligaria outro dia. Especula-se que o valor inicial do resgate era de R$ 1 milhão, que depois teria abaixado para R$ 500 mil. O delegado da Anti-Seqüestro, Carlos Castiglione, disse que outros dois seqüestros estão em andamento na capital e Rodriguinho pode estar envolvido.




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