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Oh! Calcuttá! estréia neste sábado com novidades
Natane Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
01/03/2008 | 07:05
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Com estréia programada para este sábado, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano, o espetáculo Oh! Calcuttá mobilizou uma equipe de 15 técnicos, mais diretor, coreógrafa, produtores e atores que passaram os últimos dias ajustando detalhes de cenário e iluminação para que tudo corra bem.

“Quem precisa aparecer são todos esses meninos da técnica que sobem e descem das escadas para que nós possamos estar no palco”, aponta o ator Carlos Cappeleti, que participa de cinco dos seis esquetes que compõem o musical. Na tarde de sexta-feira, a reportagem do Diário foi conferir os bastidores da produção.

Sétima montagem no Brasil – a primeira, em 1983, foi encenada ainda sob olhos de censores da ditadura militar –, a peça discute as fantasias sexuais de homens e mulheres por meio de quadros bem-humorados e coreografias apresentadas por bailarinos nus, caracterizando a liberdade proposta pelo autor do texto original, de 1969, Kenneth Tynan. “Na época, o Tynan quis mostrar que os ingleses não eram somente racionais. Ele queria dizer que eles existiam da cintura para baixo”, brinca o diretor Kiko Jaess, o mesmo desde a primeira versão nacional.

No palco, o público poderá ver cenas que abordam questões sexuais comuns a muitas pessoas. “O que todos vêem expõe, mas não discute profundamente o sexo. Nós mostramos coisas que podem acontecer com qualquer casal. Na saída, o espectador vai para casa pensando que pode resolver seu problema”, explica Cappeleti.

A história começa com um quadro batizado de João e Maria. Nele, os atores abordam o universo infantil, por meio das ‘brincadeiras de médico’. “Começamos sutilmente. Depois discutimos temas mais provocadores”, revela o produtor Lilio Alonso.

Coreografia - Criados por Adriana Fonseca, atriz da companhia que faz sua estréia como coreógrafa, os movimentos foram totalmente recriados para a nova montagem de Oh! Calcuttá. “Como tem a coisa do nu, é tudo muito difícil. Não tem como fugir do sensual, mas demos uma cara diferente”, conta Adriana.

Inspirada na personalidade dos atores, a dança recria a idéia de um grupo de deuses que, cansados da imobilidade de sua evolução, partem em busca de diversão, encontrando momentos de completa liberdade de expressão.

Origem - O texto original recebeu ajuda de figuras como Samuel Beckett, Jules Feiffer e John Lennon, entre outros amigos do autor.

Escrito em uma época ainda bastante conservadora, o musical causou furor na Europa por apresentar, pela primeira vez, o nu no palco.




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