A transformação para entidade pública não deverá ser a única novidade deste ano envolvendo o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. O órgão estuda a entrada da cidade de São Paulo nos seus quadros. Dessa forma, o colegiado contaria com oito representantes: os setes prefeitos da região, além do comandante da Capital, Gilberto Kassab (DEM).

Ações para atrair Kassab para o grupo de representes do Poder Executivo já começaram a ser feitas pela equipe do recém-eleito presidente do Consórcio e presidente de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV).

A secretária-executiva do órgão, Eliana Bernardo da Silva, adiantou que essa será uma das primeiras pautas discutidas na terceira reunião do ano do Consórcio, que será realizada dia 8 de março. "Conversei com o prefeito Clóvis Volpi para colocar esse asunto na pauta da reunião". A secretaria classificou ainda que a entrada da maior cidade do País no Consórcio seria como "ganhar na loteria".

"Ter São Paulo seria um passo para um crescimento ainda maior, como se fosse a estrela do ano", afirmou. Eliana disse que o fato de muitas cidades da região terem divisas com a Capital e, consequentemente, diversos problemas em comum, poderá facilitar o encaminhamento da proposta.

Os detalhes técnicos de como seria feita essa adesão ainda não foram definidos, nem quando ocorrerá encontro com Kassab para tratar do tema. "Ainda não temos nenhuma reunião agendada. Primeiro precisa existir a discussão entre os sete prefeitos para depois partir para a ação", ponderou Eliana.

Ex-presidente Auricchio já discutia entrada da Prefeitura

O ex-presidente do Consórcio e atual prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), afirmou que a participação da Capital já vinha sendo discutida em sua gestão.

O petebista lembrou que em fevereiro do no ano passado, Kassab foi convidado para ingressar na entidade, durante visita ao Paço de São Caetano, que contou com a presença dos demais prefeitos da região. "Os benefícios seriam inúmeros, em termos de agilidade na realização de projetos", afirmou o chefe do Executivo.

A parceria seria importante para agilizar ações contra enchentes, prioridade do Consórcio em 2010. "Isso seria ótimo, primeiramente pelo lado político. A entrada da Capital nos traria maior poder e abriria portas", disse Eliana.