A prisão do traficante Flávio Pedro da Silva, o Kiko, 37 anos, na segunda-feira, em Florianópolis, vai diminuir a venda de drogas em cincos favelas do Rio, disse quarta-feira o subchefe de Polícia Civil do Rio, delegado José Renato Torres.

Kiko distribuía por mês 100 quilos de cocaína e maconha nos morros do Santo Amaro (zona Sul), Fogueteiro, Falet, Coroa e Providência (na região central), relatou o delegado.

"Ele comprava a droga na Bolívia e usava a rota do Mato Grosso do Sul para trazê-la ao Rio", declarou Torres, durante a apresentação do traficante, na sede da Polícia Civil.

Kiko é suspeito de liderar uma quadrilha que assaltava motoristas em um dos acessos ao Túnel Rebouças, que liga as zonas Norte e Sul da cidade. Ele responde também a nove processos por homicídio, tráfico de drogas e assaltos.

"Lá (em Florianópolis), ele era um bom moço. Lutava jiu-jitsu, malhava em uma academia e adorava dar festinhas", contou o delegado Antônio Alexandre Kale, da equipe de investigação da Polícia Civil da capital de Santa Catarina.

Pai de cinco filhos, Kiko tinha arrendado uma casa noturna em Florianópolis e dizia ser empresário. Ele comprou também um apartamento em Botafogo, zona Sul do Rio, e outros sete em Santa Catarina. Seu patrimônio é avaliado em R$ 1,5 milhão.