Eleições 2016 Titulo Sabatina
Márcio Chaves rechaça estadualizar Nardini e promete policlínicas
Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/09/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


Candidato ao Paço de Mauá pelo PSD, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves descartou ontem movimento para estadualizar o Hospital Doutor Radamés Nardini – antes mantido pelo governo de São Paulo –, contrariando discurso de rivais na disputa. Em sabatina na sede do Diário, o pessedista frisou que hoje o equipamento “é necessário para a política municipal de Saúde”. “É hospital de apoio às ações de atenção básica e especializada. Não pode mais ser encarado como de atendimento regional. O que precisa é de gestão, capacidade e competência técnica na condução.”

Márcio destacou que o grande gargalo da área é investir em atendimento especializado. “Pretendemos implantar centros policlínicos, com exames de imagem e laboratoriais”, afirmou, sem quantificar o número. Defendeu ações firmadas nos dois primeiros governos de Oswaldo Dias (1997-2004), nos quais ele, além de vice, ocupou cargo de secretário de Saúde. Incluiu ainda plano de criar autarquia para gerenciar o setor. “Dá autonomia administrativa”, citou, adicionando ser tabu que a criação da estrutura incharia a máquina pública.

O pessedista falou em desmistificar a história de estadualização do hospital, pontuando que sua proposta prevê utilizar o Nardini como suporte para a Saúde pública. “Vi (adversário) falar em abrir seis UBSs (Unidades Básicas de Saúde) 24 horas. É desconhecimento do candidato em como é organizado o sistema. Temos atenção básica e urgência e emergência em termos de UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Precisa fazer funcionar direito”, disse, em crítica a Atila Jacomussi (PSB), ao acrescentar ideia de construir mais duas UPAs, chegando a cinco para atender a todas as sub-regiões do município.

Durante a entrevista, o ex-vice-prefeito ironizou a fala de Atila de “que é grande deputado e traz muita coisa para Mauá”. “(Diante dessas características) Quero continuar contando com ele (na Assembleia Legislativa). Faremos bela parceria na cidade”. Márcio também não poupou ataques ao atual prefeito Donisete Braga (PT), seu pupilo na vida pública. “Eu tinha a expectativa, até pela sua juventude e energia, que, de fato, ele fizesse governo mais realizador. A impressão que tenho é que ele se especializou em ser legislador”, alegou, condenando suposta prática do petista de terceirizar responsabilidades. “Ele continua nesta toada.”

O pessedista assinalou que município, como no caso de Mauá, com quase 500 mil habitantes, “não pode faltar liderança para condução das políticas públicas”. “Quero mostrar que é possível fazer diferente”. Ele reiterou frustração com o PT, partido pelo qual foi eleito para três mandatos eletivos, sendo um de vereador (1989 a 1992) e dois como companheiro de chapa de Oswaldo – esta é a segunda vez que entra na concorrência pelo Paço, já que a primeira oportunidade se deu em 1992. “Eu me decepcionei, saí do partido. Obviamente não deixo de reconhecer minha história. Foram 35 anos de atuação. Convicção que todas as vezes que servi à população agi dentro da ética e transparência.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;