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Israel liberta 151 prisioneiros árabes e palestinos
Por Do Diário do Grande ABC
15/10/1999 | 13:23
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Uma semana depois da data prevista pelo acordo de Charm el-Sheij, o governo isralense libertou, nesta sexta-feira, 151 prisioneiros palestinos e árabes, que foram recebidos vitoriosamente nos territórios palestinos.

Em Tóquio, onde participou de uma conferência sobre a ajuda econômica a seu governo, o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, comemorou esta libertaçao.

``Restam poucos presos e teremos que trabalhar muito para conseguirmos a liberdade de todos', disse.

Israel libertou, em 9 de setembro passado, um primeiro grupo de 199 prisioneiros palestinos, mas ainda continuam detidos em Israel dois mil palestinos, por ter desenvolvido atividades anti-israelenses.

A libertaçao de 151 prisioneiros deveria ter ocorrido em 8 de outubro, segundo o acordo que Arafat assinou com o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, em 5 de setembro em Charm el-Sheij (Egito). No entanto, um desacordo sobre 30 prisioneiros exigiu novas negociaçoes.

Os israelenses disseram ter imposto condiçoes, que nenhum dos presos ``tenha sangue em suas maos', que nao tenha ferido ou assassinado algum israelense. Mas para isto tiveram que ceder em um ponto, ao libertar antecipadamente membros do Movimento da Resistência Islâmica (Hamas) e da Jihad Islâmica, duas organizaçoes palestinas integristas contrárias ao processo de paz assinado em Osclo em 1993.

A maioria dos homens - cerca de 80 - foram libertados em Nahal Oz, ponto de passagem entre Israel e a faixa de Gaza, onde dois mil palestinos agitaram bandeiras, dançando e cantando hinos nacionalistas e alguns disparando rajadas de armas automáticas.

Quarenta prisioneiros libertados pertencem a outros países árabes. É o caso de seis egípcios e cinco jordanianos. Segundo fontes palestinas, os outros sao provenientes do Iraque, Líbano, Líbia, Sudao e Síria.

O iraquiano Ali al-Baiti estava preso há 20 anos. ``As condiçoes de prisao sao muito ruins. Estou muito feliz em ter saído', disse.

``É um dia de alegria para os árabes e os palestinos', disse Hisham Abdelrazek, ministro palestino para os Prisioneiros, informando que os ex-prisioneiros árabes sao atualmente ``hóspedes da Autoridade Nacional Palestina'.

``A paz nao tem sentido quando os partidários da mesma estao na prisao', declarou nesta ocasiao o secretário da Presidência, Tayeb Abdelrahim.




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