O candidato à reeleiçao em Mauá, Oswaldo Dias (PT), propôs quarta aos seus adversários que abram suas contas para dar maior transparência quanto às suas açoes. "Quero abrir minha conta bancária e desafio os demais candidatos a fazerem o mesmo", disse. Porém, Dias afirmou nao estar se referindo a nenhum dos candidatos especificamente. O prefeito licenciado fez a proposta durante o segundo debate de candidatos do município realizado no Colégio Barao de Mauá.

Ao abordar a questao da educaçao, o petista fez duras críticas à emenda 14, que prevê alteraçoes na Lei de Diretrizes e Bases da Educaçao e determina que 60% dos 25% destinados à educaçao fiquem retidos no Fundo de Manutençao e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizaçao do Magistério. "Deixamos de receber R$ 28 milhoes e mesmo assim conseguimos aumentar o número de alunos nas escolas", disse.

Seu principal adversário, o candidato Leonel Damo (PSDB), concordou em abrir suas contas. "Passo uma procuraçao para que as minhas contas sejam abertas. Desafio qualquer um que diga que fez mais obras do que eu", afirma.

Perguntado sobre como havia deixado a Prefeitura após o término do seu mandato, Damo afirmou que nao deixou nenhuma dívida para o governo seguinte. "Quando saí da Prefeitura nao devia nada. Após três meses de governo o prefeito seguinte percebeu que havia caixa na Prefeitura. A dívida nao passava de R$ 300 mil, mas se de lá para cá foram feitas diversas dívidas, isso nao vou discutir", afirmou.

Damo criticou exaustivamente a retirada de passe escolar feita pela atual administraçao. O tucano afirmou que para colocar todas as crianças na escola bastava voltar a conceder os passes. "Muitas crianças deixam de ir às escolas, pois as maes nao têm condiçoes de pagar o ônibus", disse.

O candidato Cincinato Freire (PL) foi indagado por diversas vezes em relaçao aos seus planos para a área da cultura. O liberal disse que a área é importante para o município, mas disse que em Mauá há outras prioridades para serem resolvidas.

"É importante, mas nao adianta se nao tiver uma educaçao e uma saúde de qualidade. Ao invés de saneamento, tem gente que fica fazendo obras para aparecer para o povo. O que é mais importante? O teatro ou fazer o saneamento das 69 favelas do município?", questionou Cincinato.

Com uma campanha modesta, Amaury Fioravanti (PTB) foi questionado sobre o seu interesse em tentar vencer as eleiçoes. O petebista se defendeu alegando falta de recursos. "O interesse é muito grande, mas o problema sao os recursos. Tem gente que fala de transparência, mas o que vimos é uma campanha milionária. Por isso, temos de fazer uma campanha mais modesta, de um em um", explicou.