Automóveis Titulo
Ousadia x conjunto
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
03/08/2011 | 07:00
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Apesar de o Honda City ser um modelo mais da moda - e, por isso, mais vendido -, o Fiat Linea não deve ser descartado logo de cara em um confronto contra o sedã compacto da Honda - principalmente se você não se importa com modismos.

Apesar de estar posicionado entre sedãs médios - estratégia da Fiat que dificulta sua missão -, o Linea tem atributos que devem ser levados em conta pelo consumidor que busca um veículo de boa manobrabilidade, força e, por que não dizer, elegância.

Comparamos as versões LX automática do Honda City com a Essence Dualogic do Fiat Linea. Comecemos pelo ponto mais vulnerável do Linea em relação ao City. O câmbio automatizado do sedã de Betim (MG) não é páreo para o automático do três-volumes produzido em Sumaré (SP).

Mas, ajustado que é, o consumidor logo se adapta ao automatizado do Linea, que tem uma das melhores caixas com este tipo de tecnologia. Assim, os soluços vão se tornando menos incômodos à medida que se conhece as manhas do carro.

Na motorização, a vantagem é clara para o Fiat. Equipado com propulsor 1.8 16 V flexível, o Linea Essence Dualogic dispõe de 130 cv (gasolina) e 132 cv (etanol). O torque é de 18,4 mkgf (g) e 18,9 mkgf (e) a 4.500 rpm.
Também flex, o Honda City LX automático tem propulsor 1.5 de 16 V, que rende 115 cv (g) e 116 cv (e) a 4.800 rpm. O torque é 14,8 mkgf a 4.800 rpm com os dois tipos de combustível.

Internamente, os dois carros são agradáveis, com painéis bem dispostos e bom acabamento. Só que a posição de dirigir do Linea, cujo habitáculo parece ser maior, é bem mais agradável que a do City.

Por fora, o sedã da Honda tem linhas mais ousadas e modernas - daí o fato de vender 1.816 unidades em julho contra 1.178 do Linea, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Mas suas medidas são menores que as do Linea, cuja distância entre os eixos é de 2,60 metros contra 2,55 metros do City.

A surpresa é que, mesmo menor, o City leva vantagem no porta-malas - 506 litros contra 500 litros do Fiat. Por fim, o Linea custa a partir de R$ 59,7 mil, enquanto o City parte de R$ 61,3 mil. É uma boa disputa.

VEREDICTO - Nas ruas, o Honda City, na versão automática LX, pode impressionar mais que o Fiat Linea, com câmbio Dualogic, por suas linhas mais arrojadas. Mas o sedã da Honda perde para o conjunto mais acertado do rival da Fiat, que tem preço mais competitivo e motor mais forte.




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