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Chefe da polícia japonesa pede demissao após escândalos
Do Diário do Grande ABC
06/01/2000 | 11:07
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O chefe da polícia japonesa apresentou sua demissao, nesta quinta-feira, depois de vários escândalos que colocaram no banco dos réus a reputaçao das forças policiais, um dos pilares da sociedade japonesa. O chefe dos 260 mil policiais do arquipélago desde março de 1997 nao quis estabelecer vínculo direto entre sua demissao e a série de escândalos amplamente difundidos pela imprensa, e que, no final de 1999, afetaram a polícia de Kanagawa, na periferia de Tóquio.

No entanto, as pressoes cresceram cada vez mais nos últimos meses para que, de acordo com a tradiçao japonesa, o responsável se demitisse para assumir os fatos que atentam contra a honra de suas tropas.

Os fatos ocorridos em Kanagawa, que, em inúmeros países, poderiam ter menor importância, foram considerados os mais graves escândalos a atingir a reputaçao da polícia desde o final da guerra, e também foram citados pela imprensa entre os dez acontecimentos que marcaram 1999 no arquipélago.

Nove responsáveis da polícia de Kanagawa estao na mira da Justiça, sob suspeita de acobertamento de um jovem agente em um caso de consumo de anfetaminas, em dezembro de 1996.

Indícios de produtos estimulantes foram detectados na urina do policial de 26 anos, mas seus superiores decidiram sumir com as provas.

Antes que este caso fosse enterrado, a polícia de Kanagawa, subordinada à Yokohama, a terceira cidade do país, foi acusada por um caso de roubo e violência contra jovens recrutas. Os suspeitos acabaram punidos.

Em novembro passado, quando a imprensa informou sobre o caso dos narcóticos, Sekiguchi havia apresentado as desculpas da instituiçao, assegurando que se faria o máximo possível para restaurar a confiança da opiniao frente à polícia.

O chefe da polícia estimou que esta missao estava bem encaminhada, em particular com o reforço dos poderes da comissao nacional encarregada de vigiar as forças de ordem.

Sekiguchi deverá ser substituído por seu adjunto, Setsuo Tanaka, 56 anos, que tem como uma das prioridades a preparaçao da cúpula do G-7, em julho próximo, em Okinawa, Sul do Japao.




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