O aumento das passagens das linhas de ônibus municipais de Santo André trouxe mais uma dor de cabeça para a população. Além do reajuste de 6%, que fez a tarifa saltar de R$ 2,50 para R$ 2,65, à 0h de segunda-feira, o outro contratempo é a dificuldade na hora do troco que já foi sentida nos dois primeiros dias da cobrança, em pleno Carnaval.

Hoje será o primeiro dia útil com o novo valor da passagem. Cobradores e passageiros ouvidos pelo Diário temem pelo pior.

"Algumas pessoas já reclamaram, primeiro por não saber do anúncio e segundo pela falta de moedas. Mas amanhã (hoje) a situação vai complicar mesmo", disse um cobrador, que não quis ser identificado, no Terminal Rodoviário do Centro de Santo André.

"É um absurdo esse aumento e principalmente para um valor quebrado (R$ 2,65). Ontem (anteontem) o cobrador ficou com R$ 0,35 meu, porque não tinha troco, e como vai ficar daqui para frente?", questiona Genilson Rodrigues, 40 anos, motorista de caminhão.

O operador de telemarketing Giovani Costa Santos, 21, aguardava o coletivo com o dinheiro trocado nas mãos. Na segunda-feira, ele precisou aguardar por vários minutos para passar pela roleta do ônibus.

"O fato do aumento é ruim e quebrado ficou pior ainda", comenta a assistente administrativa Sonia Barbosa, 34.

Neste mês, no dia 9, houve o acréscimo de 3,5% nas tarifas dos ônibus intermunicipais do Grande ABC proposto pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), e os bilhetes de trólebus tiveram aumento de 3,9%. A passagem dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também teve reajuste de 3,9%.