Curaçao está em festa. A ilha, perdida em meio às águas cristalinas do mar caribenho, acaba de completar um ano como país autônomo, após a extinção das Antilhas Holandesas, e celebra a data com programação diversificada. Descoberto em 1499, este pequeno trecho de terra cercado de água foi habitado por índios durante muito tempo. Hoje, recebe turistas de todos os cantos do mundo mesclando pelo menos três idiomas: o holandês (língua oficial), o inglês e o espanhol.

Sábado, a atração ficará por conta da 10ª edição do Curaçao Amstel Race, um dos eventos mais respeitados que reúne ciclistas de todo o mundo. Já entre os dias 10 e 13 ocorre a Heineken Regata Curaçao, maratona que atrai anualmente centenas de brasileiros para assistir a competições de windsurfe, beachcats e barcos sunfish em vila montada com instalações gastronômicas.

Paralelamente às apresentações de manobras radicais haverá o Torneio Internacional de Pesca e Tarpon, que é realizado apenas uma vez por ano nas águas do porto de Willemstad. Participantes de frota de barcos deverão pescar o maior tarpon - peixe prateado, também conhecido como camarupi, camarupim ou camorubi e que pode chegar a 150 quilos e a 2,5 metros de comprimento.

Outro espetáculo muito esperado pelos turistas é a Parada Iluminada, na qual barcos iluminados entram na Baía de Sant'Anna ao cair da noite, transformando o porto de Willemstad em um cenário mágico.

OUTRAS FACETAS

Quem ouve falar que Curaçao completa seu primeiro ano como país pode pensar que a ilha ainda é terra de índios, belas águas e muita areia. Mas não. Para aqueles que gostam de praia, sol e mar, la isla, como chamam os curaçalenhos, tem 30 praias e 40 baías chamarizes para os cerca de 400 mil turistas que circulam anualmente por lá. E quando os pés não estão nas areias fofas, boas opções de divertimento são encontradas em passeios de barco ou lancha e em parques como o Seaquarium, que tem mais de 70 aquários gigantes com apresentações de golfinhos, tubarões, flamingos e outros.

As belezas naturais de Curaçao são incrementadas com o agito noturno ao som de rumba, salsa e merengue nas casas noturnas e barzinhos que ficam quase todos no bairro de Salíneas, próximo à capital Willemstad, considerado Patrimônio Histórico e Cultura da Humanidade pela Unesco.

Os cassinos são outro frisson da noite curaçalenha. Têm espaço garantido em todos os hotéis, ficam abertos 24 horas e a maioria dos frequentadores é composta de idosos.

Construído com base na arquitetura colonial holandesa, Curaçao é dividida. Uma ponte móvel une as duas partes: Otrobanda (área mais residencial) e Punda (comercial e turística).

GASTRONOMIA

A Holanda do Caribe, como também é chamada Curaçao devido a tratado internacional que deu posse ao país em 1815, tem suas peculiaridades gastronômicas com temperos bem conhecidos pelos brasileiros. Peixes e frutos do mar são as grandes estrelas dos cardápios. Vale experimentar o jambo (espécie de feijoada de quiabo), o bestia chiki (cabrito ao molho, acompanhado com arroz mouro com lentilha, quiabo e banana frita), o sopito (peixe com creme de coco), o karni stoba (carne ensopada) e a sopa de iguana, iguaria específica da ilha. Como sugestão de sobremesa há o quesilho (pudim de caramelo) e o casjupete (bolo preto).

Na lista das bebidas tradicionais está o licor que leva o nome da ilha, feito a partir da fermentação do óleo retirado de cascas de laranja; o drinque fruit punch (mistura dos sucos de abacaxi e laranja, com um pouco de grenadine não alcoólico); a famosa pina colada e a cerveja holandesa conhecida como Amstel.