Setecidades Titulo Trânsito
Mauá fecha acesso
regular na Jacu-Pêssego

Enquanto isso, os motoristas se arriscam em conversão
perigosa a poucos metros dali e sem presença de fiscais

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/02/2012 | 07:00
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A Prefeitura de Mauá decidiu fechar o acesso da Avenida Jacu-Pêssego à Avenida Ayrton Senna, no Jardim Oratório. A partir de hoje, quem segue pelo complexo construído pela Dersa em direção ao Rodoanel e ao Centro de Mauá deverá fazer conversão pelo Viaduto Juscelino Kubitscheck e pela Avenida João Ramalho. Enquanto isso, a poucos metros dali, conversões proibidas e perigosas são realizadas, sem a presença de fiscais. 
A decisão foi tomada depois que um caminhão tombou ao utilizar a alça, que foi implementada para funcionar em caráter provisório, para facilitar o acesso ao Polo Petroquímico. 
A administração mauaense se comprometeu a reforçar a sinalização do trecho, para estimular os motoristas a fazerem a conversão correta, cerca de 1,5 quilômetro à frente. Caso a medida adotada não surta efeito, a Prefeitura ameaça impedir também que o motorista acesse a Jacu-Pêssego a partir da Ayrton Senna. O trajeto é bastante usado por moradores do Jardim Oratório que desejam de deslocar para o Centro.

Segundo testemunhas, o caminhão que transportava peças automotivas tombou quando fazia manobra irregular na Avenida Ayrton Senna, altura do número 1.421. Irritado, o motorista do veículo - que não ficou ferido - não quis falar com a equipe do Diário. A empresa responsável foi autuada e terá de arcar com os custos de remoção do veículo, segundo a Prefeitura.

Enquanto o caminho regular é fechado, a poucos metros dali motoristas que trafegam pela Ayrton Senna sentido bairro continuam a entrar na contramão para acessar a Jacu- Pêssego.

A manobra, arriscada, é feita em frente a uma empresa de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). "A gente está cansado de ver esse tipo de manobra aqui. Imagina o perigo de algum veículo bater em um caminhão de gás", observa um funcionário que preferiu não se identificar.

DENÚNCIAS

Em sequência de reportagens publicadas no fim de janeiro, o Diário denunciou a realização de inúmeras conversões perigosas no local. Em cinco minutos, chegou a 20 o número de veículos que fizeram manobra proibida, o que representa quatro por minuto.

Isso porque o trevo, incompleto, não oferece alças para que o motorista que trafega no sentido bairro da via entre na Jacu-Pêssego. Os acessos estão localizados apenas na pista sentido Centro. Dessa forma, quem transita na mão oposta tem de fazer conversão proibida à esquerda e até percorrer trecho na contramão para chegar na via que dá acesso ao Trecho Sul do Rodoanel.

A Prefeitura de Mauá informou que estuda a viabilidade de instalar semáforo no local para regularizar a conversão e garantir a segurança no tráfego. Tartarugas foram instaladas na divisão das pistas, mas não inibiram o acesso.

Dersa critica medida e aponta alternativas para problema

Ao esclarecer a principal função do trevo implantado no complexo Jacu-Pêssego, a Dersa criticou a ação da Prefeitura de Mauá em fechar o acesso sem antes testar outras alternativas.

Segundo a empresa, além de garantir acesso ao Polo Petroquímico, o trevo tinha como principal função desviar do bairro o tráfego pesado de veículos. A partir de agora, o município passará a ter prejuízos, como o aumento do fluxo de caminhões nas ruas dos bairros.

Entre as alternativas que poderiam ser testadas, a empresa aponta a reordenação de tráfego no local, conscientização dos motoristas e/ou fiscalização de trânsito para coibir as infrações e evitar acidentes.
Para a Dersa, o fechamento penalizará o bom condutor.




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