O procurador da República do Rio de Janeiro, Marcelo de Figueiredo Freire, disse nesta quarta-feira que as fraudes na Secretaria de Receita do Rio estão ligadas às irregularidades cometidas contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), já que as quadrilhas seriam as mesmas. O Ministério Público apura denúncias de que um grupo recebia propina para apagar dívidas de empresas nos sistemas da Receita e do INSS do Rio.

Durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília, Figueiredo revelou que ainda não há dados que comprovem a participação de integrantes do governo nas fraudes.

Figueiredo também condenou o vazamento de informações e revelou que um inquérito policial foi aberto para apurar quem foi o responsável por divulgar gravações sigilosas usadas nas investigações. “As conversas gravadas indicam com bastante segurança que existe uma organização criminosa. Lamentamos a divulgação dessas irregularidades e o vazamento das conversas telefônicas”.

O deputado André Luiz (PMDB-RJ) anunciou que vai fazer novo requerimento para convocar o secretário da Receita Federal, Jorge Antônio Rachid, para comparecer à Comissão. Ele já foi convidado outras quatro vezes, inclusive para a audiência desta quarta, mas sempre justificou ter outros compromissos para não comparecer às reuniões.