Em agosto, a Fiat resolveu trazer o Freemont para o mercado brasileiro. Sim, esta carroceria já roda por aqui (batizada de Journey), onde a maior diferença fica por conta do símbolo da Dodge na grade dianteira e na tampa do porta-malas. Muitos se perguntam, mas a montadora italiana resolveu trazer o modelo para ampliar seu portfólio e, claro, aumentar ainda mais a participação de vendas no mercado - de janeiro a setembro, 22,59% dos veículos vendidos no País são da Fiat.

Produzido na fábrica da Chrysler em Toluca, no México - de onde também sai o novo Cinquecento - curiosamente o modelo ainda recebe elogios por onde passa. Mas a realidade é que, apesar de possuir seus atributos, o Freemont pode não ser a melhor opção para quem paga quase R$ 90 mil por um carro deste porte (a versão avaliada, Precision, tem preço sugerido de R$ 86 mil). Por cerca de R$ 10 mil a mais, um Mitsubishi ASX vem com opção de tração integral, além de ter design mais jovem.

Apesar de ficar devendo em novidade visual, o ineditismo fica por conta do apelo comercial, pois o Freemont é o primeiro crossover da Fiat e, como manda o figurino, traz amplo espaço interno (2,89 metros de entre-eixos) e conforto na hora da viagem - embora o porta-malas não seja dos maiores, são 145 litros quando os sete assentos estão ocupados.

O desempenho do motor 2.4 16V de 172 cv e 22,4 mkgf de torque a 4.500 rpm não empolga, mas responde bem. Claro, quando em subidas íngremes, a eficiência dá lugar à morosidade, afinal são 1.809 quilos. A suspensão contra-ataca com maciez, mas nada de exagero.

O câmbio automático de seis velocidades torna a dirigibilidade mais agradável, com trocas suaves e rápidas, favorecendo as retomadas.

A lista de série é boa e traz banco do motorista com regulagem elétrica (distância longitudinal, altura, assento e apoio lombar), trio elétrico, direção hidráulica, volante com comandos, piloto automático, CD player com MP3 e entradas USB e auxiliar, entre outros.

Para a segurança, destacam-se os freios ABS e sistemas como distribuição eletrônica de frenagem e controle eletrônico de estabilidade e tração. As rodas são de liga leve com 17 polegadas. Por R$ 2.500, o veículo pode ser equipado com teto solar.