Tumulto foi generalizado no local de depoimento do cacique petista, que falou por quatro horas
Após anunciado que o ex-presidente Lula seguiria para depor no posto da Polícia Federal, dentro do aeroporto de Congonhas, na Capital, centenas de pessoas começaram a se aglomerar no saguão principal do local para manifestar suas posições favoráveis ou contrárias ao petista, que, na oitiva, falou por quatro horas.
Por volta das 10h, o clima começou a ficar tenso com a chegada de militantes do partido, com bandeiras e frases de apoio ao ex-presidente, que trocaram provocações com antipetistas. Cerca de 50 policiais militares tentaram conter o tumulto generalizado que se formou no espaço. O ex-deputado federal Professor Luizinho (PT) foi um dos primeiros a chegar no aeroporto e prestar seu apoio a Lula.
O ex-parlamentar, que foi líder do governo Lula e chegou a ter seu nome envolvido no escândalo do Mensalão, posteriormente inocentado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que o juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato, se aliou aos “golpistas” ao emitir mandado de condução coercitiva ao ex-presidente a depor ontem.
“O juiz Moro deveria ter mandado um ofício convocando (o ex-presidente) e marcando data, e não fazer essa palhaçada de trazê-lo de forma coercitiva. Isso é um golpe, isso é se aliar aos golpistas. Moro a partir de hoje perdeu o respeito, a credibilidade. Ele transformou a Lava Jato em um processo de fanfarronice, de alimento ao golpe do Brasil”, frisou o ex-deputado.
Com reduto em Santo André, Luizinho defendeu ainda o passado de Lula e disse que o PT foi “a melhor coisa que ocorreu para o Brasil”. “Lula foi o presidente mais popular do País e reconhecido internacionalmente como um dos maiores estadistas que o mundo produziu e que melhorou a vida dos mais pobres, distribuindo renda. A elite brasileira nunca admitiu isso no passado e agora não quer admitir a possibilidade futura de que os pobres continuem tendo vez. Esperem até as eleições de 2018”, profetizou. Ele chegou a ser ofendido por populares, que gritavam “Lula na cadeia” e “algemas”. O grupo dizia ainda que a Bandeira Nacional nunca será vermelha, em referência ao PT.
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