Apesar de declaração da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) de que a responsabilidade pelo transporte de veículos e passageiros pela Balsa João Basso, no Riacho Grande, deveria ser da Prefeitura de São Bernardo, ainda não há acordo entre as partes. Segundo a empresa, em reunião que contou com a presença do Ministério Público, Executivo e Emae teriam alcançado esse entendimento. A administração municipal, no entanto, nega.

“A Emae, que não detém concessão de transporte público, se propôs a repassar para a Prefeitura toda a estrutura em operação da travessia de João Basso (balsa, pontões de atracação e terminais de embarque e desembarque), na forma de doação, e realizar, durante período de transição e sem custo, os serviços de operação e manutenção do sistema”, disse, em nota.

Conforme a empresa, a Promotoria solicitou que fosse realizado estudo conjunto para avaliar a possibilidade da transferência, o que já estaria em andamento. Porém, apesar de a Prefeitura afirmar que a Emae demonstrou interesse em transferir a obrigação, o Executivo acredita que não se trata de uma simples transferência. A administração lembrou que há processo de reforma de duas balsas que deverão ser utilizadas a partir de 2017. “Em nenhum momento foi acordada a transferência e nem poderia ser, pois compete ao Estado a gestão da represa, por meio da Emae, e qualquer alteração nesse sentido carece de amparo legal”, afirmou a administração.