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Câmara de Ribeirão vai
aguardar defesa de Volpi
Por Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
19/10/2011 | 07:15
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Esperar. Essa será a única atitude dos vereadores de Ribeirão Pires em relação ao processo do Ministério Público que investiga o contrato da Prefeitura com o Instituto Acqua, que vigorou de 2005 até 2010. A Justiça concedeu liminar que bloqueou os bens do prefeito Clóvis Volpi (PV) e do secretário de Saúde, Jorge Mitidiero. O patrimônio do instituto e da então presidente da entidade, Ana Maria de Oliveira Capellini, também estão congelados.

O prazo para defesa das partes é de 15 dias. O Legislativo irá aguardar as explicações do Executivo e do Acqua. "Não podemos atropelar agora. O Ministério Público não pode achar que queremos pegar carona num questionamento deles", defendeu o presidente da Casa, Gerson Constantino (PSD).

O parlamentar ressaltou, entretanto, que a situação é delicada. "Há uma preocupação de todos nós, mas a administração precisa se preocupar mais do que a gente", alfinetou Gerson, que apesar de estar num partido da oposição mantém sua postura governista.

Edson Savietto, o Banha (PDT), endossou o discurso de cautela em torno da questão. "O Ministério Público levou para os jornais a situação. É democrático, mas agora temos que escutar as outras partes, no caso o prefeito e o secretário. É preciso ter cuidado, porque, pelo que tenho acompanhado, o Acqua prestou o serviço. Temos que ver direito a denúncia", declarou.

O líder do governo na Câmara, Antônio Muraki (PTB), tentou contornar a situação e ressaltou que o Tribunal de Contas do Estado nunca questionou o convênio firmado entre Acqua e Prefeitura. Além disso, ele afirmou que Mitidiero "não estava sabendo do fato".

Saulo Benevides (PMDB), principal figura de oposição a Volpi, também defendeu o prazo de duas semanas. "Decorrendo os 15 dias, podemos criar uma comissão (especial de inquérito) para analisar item a item", sugeriu o vereador.

Volpi e Mitidiero preferiram não comentar o assunto, pois não foram notificados. O Acqua não respondeu aos questionamentos da equipe do Diário.

 

O caso - O Acqua foi contratado pela Prefeitura para cuidar das residências terapêuticas, dos centros de atenção psicossocial, vigilância sanitária, farmácia popular e atenção básica à Saúde. A investigação do Ministério Público está pautada nos indícios de que os serviços não foram prestados de maneira correta.

Em relação ao prefeito, a promotoria acredita que o verde terceirizou o serviço de Saúde de forma ilegal. O contrato entrou vigorou até 2010.

 

Parlamentares revogam concessão da antiga rodoviária

Os vereadores de Ribeirão Pires aprovaram a revogação da concessão da área que abrigava a antiga rodoviária. A propositura estava prevista para ser votada na primeira sessão de novembro, pois havia sido adiada por cinco semanas. Com o projeto avalizado, o prefeito Clóvis Volpi (PV) pode dar outra utilidade para o local.

O imbróglio para iniciar projeto onde funcionava a rodiviária se arrasta desde o começo do ano. A ideia inicial era de shopping, mas a empresa vencedora da concorrência (Soto Empreendimentos) foi inabilitada pelo Paço. A questão está na Justiça.

"O problema não é mais nosso, mas da empresa vencedora com a Prefeitura", destacou o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PV).

Volpi deseja inaugurar obra até julho. Por conta da demora na briga judicial, o chefe do Executivo foi obrigado a enviar projeto para revogar a lei que concedia área para aglomerado de lojas. Apesar de desmentir publicamente, o verde tem se reunido com grupo de empresários de redes de churrascaria e fast food para emplacar um centro gastronômico no local.




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