Cada um tem seu próprio jeito de alcançar a felicidade, onde e como quiser. É exatamente isso que a escola de São Bernardo União das Vilas quer levar para a avenida com o tema O que te faz feliz?. A ideia é representar com samba e fantasia os aspectos da felicidade.

Com o samba-enredo Na Cadência do Samba, o Feitiço Encanta, Desperta o Orgulho, Delírio e Prazer , União de Verdade, a Felicidade Pra Mim É Você, dos compositores Mário Sérgio Cardoso e Marquinhos, a agremiação promete fazer o público refletir sobre o conceito de felicidade e, inclusive, contará com uma charada sobre o tema no meio da canção. Serão 300 componentes, três carros e oito alas na passarela. A escola, que foi campeã em 2015, promete grandes surpresas no desfile.

Para o diretor da União das Vilas, Washington Arantes, a ideia do enredo é mostrar as fórmulas da felicidade. “Tem gente que é feliz indo na igreja, sente-se bem pescando ou ainda comendo. As fantasias serão relacionadas aos tipos de alegria”, comenta. “Estamos trabalhando duro para isso. Vamos desfilar com muito respeito e honra e com uma surpresa em nosso último carro alegórico.”

A professora Roberta Zoga, 27, se dedica à escola desde os 7 anos e fala sobre o prazer de participar do evento. “Somos uma família. A melhor parte é fazer nossa própria fantasia”, comenta Roberta. “Temos uma pessoa que faz o desenho e vamos ajudando nos detalhes finais. Por enquanto, 60% delas estão prontas.”

“A melhor parte é ver o nosso trabalho durante o desfile”, conta Priscila Anselmo, que faz parte da harmonia da escola. Quanto ao resultado final, ela não tem dúvidas. “Seremos bicampeões, com certeza”, afirma. Sua filha Joana, 15, fica nervosa só de pensar no desfile. “Já estou ansiosa. Vai ser ótimo, mas imagino que será um dia bem corrido e não vou me segurar de tanta emoção. Acho vou gritar bastante”, desabafa.

O carnavalesco e compositor da escola, Mário Sérgio Cardoso, porém, afirma que o dia do desfile é a parte que considera menos prazerosa. “A produção é o melhor, estar com essas pessoas que são praticamente uma família. Para ser sincero, fico triste no dia do desfile, porque é quando percebo que acabou”, diz ele, que afirma aprender com cada edição do Carnaval da qual participa. “É necessário avaliar os erros dos outros anos para aprimorar sempre.”