Setecidades Titulo Reorganização
Assembleia de alunos mantém decisão de seguir com ocupações

Estudantes se reuniram na Concha Acústica e negaram retorno às aulas

Por Renato Fontes
Do Diário do Grande ABC
29/11/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Por unanimidade, sete das 12 escolas estaduais de Santo André, representadas em votação realizada ontem, durante assembleia organizada na Concha Acústica da Praça do Carmo, região central, decidiram manter a ocupação total dos colégios na segunda-feira. Os estudantes reprovaram a contraproposta da reorganização e ocupação das unidades de forma parcial, conforme o Diário adiantou na edição de ontem.

“As ocupações não podem parar. Elas tem é que aumentar”, declarou um professor, que preferiu manter a identidade sob sigilo.

Para alertar pais e alunos, ficou decidido que haverá distribuição de panfletos, informativos por meio das redes sociais e fixação de faixas nas escolas, “Cada dia que passa é uma batalha vencida”, comemorou Sabrina Silva, 17 anos, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental da EE Antônio Adib Chammas, ocupada há 17 dias.

A assembleia, formada por cerca de 40 participantes – entre alunos, pais e professores –, não contou com a participação de representantes do Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas). Isso porque os alunos decidiram destituir a entidade do posto de representante do movimento. “A Umes assinou acordo vindo do Tribunal de Justiça de São Paulo para que haja ocupação parcial, mas sequer consultou boa parte das escolas”, repudiou Felipe Placianos Claros, 16, aluno do 2º ano do Ensino Médio na EE Américo Brasiliense.

Wendel Silva Alves, 21, presidente da Umes em Santo André, rebateu. “Eles têm todo o direito de não nos querer como representantes. Sabemos que há grupos políticos interessados nisso.”

Luana Peretti, 15, é aluna do 1º ano do Ensino Médio na EE Professor Oscavo de Paula e Silva e está indignada com a reorganização imposta pela Secretaria Estadual de Educação, que prevê o fechamento de 94 escolas no Estado. “Eles não veem a escola como um investimento. O governo prefere abrir mais presídios que instituições de ensino”, esbravejou.
 




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