Automóveis Titulo Ano dos SUVs
Utilitários são a bola da vez

Em 2015, SUVs roubaram a cena; veja os méritos e deméritos de 2008, HR-V e Renegade

Por Vagner Aquino
19/11/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Divulgação


 É inegável que este foi o ano dos SUVs. E todo esse furor começou lá atrás, mais precisamente em abril de 2003, quando a Ford decidiu inovar, lançando o EcoSport no Brasil. O sucesso foi imediato, afinal, era um carro com plataforma de hatch (do Fiesta), mas com espaço maior e mais altura para transpor com certa facilidade os (vários) obstáculos das ruas e estradas do País.

O fato é que, por anos e anos, o modelo da gigante norte-americana dominou a cena. Para se ter ideia, o EcoSport (que já é vendido em 123 países) emplacou, até hoje, mais de 560 mil unidades no Brasil. E isso, claro, despertou o interesse de tantas outras marcas. Alguns deram certo, alguns não...

Entre erros e acertos da concorrência, foi em 2015 que a Ford se viu realmente ameaçada. O EcoSport passou a perder as batalhas mensais para os estreantes, leia-se Honda HR-V e Jeep Renegade – lançados no primeiro semestre deste ano, assim como o Peugeot 2008, que não chega a vender tanto, porém incomoda!

Mas, de onde vem tanto sucesso? Para sanar essa dúvida, resolvemos dirigir os três utilitários e apontar seus principais méritos e deméritos.

Vamos começar falando do Jeep Renegade, que foi o mais vendido do segmento no mês de outubro. Conforme dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o modelo feito em Goiana, Pernambuco, vendeu 5.623 unidades – 175 exemplares a mais que o SUV da Honda.

Nós pegamos para teste a configuração de entrada Sport (R$ 72,9 mil), que tem motor 1.8 Flex de 132 cv. Esteticamente o modelo dá show. Cheio de estilo e com linhas retrô, o Renegade tem ótimo acabamento e ergonomia ímpar. Mas espaço não é seu forte. Tanto no banco de trás quanto no porta-malas, de 260 litros.

Ao contrário do modelo movido a diesel (que carrega o bloco 2.0 de 170 cv), o propulsor que bebe gasolina e/ou etanol é manco. O câmbio (manual de cinco marchas) é longo, o motor demora a encher, o fôlego falta – principalmente em ladeiras. Mas vale pelo conforto. A caranga vem com ar-condicionado, controlador de velocidade, direção elétrica, sensor traseiro, freio de estacionamento automático e rádio com USB.

O LÍDER
Mesmo tendo vendido menos que o Renegade em outubro, o HR-V continua no topo do ranking quando se levam em conta as vendas no acumulado do ano. Até outubro foram comercializadas 38.631 unidades, quase 10 mil a mais que o segundo colocado, Renault Duster.

Como todo mundo comenta, ao contrário do Jeep – que é originalmente voltado para o off-road – o Honda é um SUV urbano. Nele, é evidente o apreço pelo conforto. Quem vai a bordo se espalha num entre-eixos de 2,61 metros. É capaz de acomodar, com folga, seus cinco ocupantes. Como manda a tradição japonesa, a razão fala mais alto que a emoção.

Ao volante, como exige o público consumidor desse tipo de modelo, linearidade é a palavra de ordem. O motor 1.8 (flexível, de 140 cv) da configuração topo EXL que avaliamos tem bom comportamento. Só o câmbio CVT que delega certa morosidade em alguns momentos (principalmente em retomadas de velocidade), porém, a relação de marchas – simula sete velocidades – é totalmente suave. Tem ar-condicionado digital, tela central de 7” e bancos em couro. Custa R$ 92,9 mil.

Falando em motor, é aqui que o 2008 agrada. Na configuração THP 1.6 Flex (de 173 cv), potência não falta. Mais que isso, o modelo também preza pela economia. Ponto para o câmbio manual de seis marchas. Assim como no 208 (de quem herda plataforma), o volante pequeno e o quadro de instrumentos elevado falam alto no prazer ao dirigir. Sem versões 4x4, o Peugeot tem a função Grip Control, que distribui a força entre as rodas dianteiras quando há perda de tração. Por R$ 81.180 tem assistente de partida em rampas e teto panorâmico.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;