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Brasil muda discurso sobre acordo de livre comércio
Por Do Diário do Grande ABC
26/06/1999 | 12:01
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Sem um acordo, até este sábado de manha, sobre a data de término das negociaçoes para a criaçao de uma área de livre comércio entre os países do Mercosul, Chile e Uniao Européia, os negociadores brasileiros davam sinais de mudança de discurso. 'O importante é a Rodada do Milênio``, disse o embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e de Integraçao do Ministério das Relaçoes Exteriores. Ele se referia à negociaçao multilateral entre os 134 países-membros da Organizaçao Mundial do Comércio (OMC) que deve ser lançada em 30 de novembro próximo na cidade de Seattle, Estados Unidos. Durante a Rodada do Milênio, os países vao repassar todos os acordos de livre comércio existentes hoje no âmbito da OMC, especialmente em agricultura e serviços.

Altos funcionários das delegaçoes de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Comissao Européia tiveram que retomar a reuniao, prevista para acabar sexta-feira à noite, porque os representantes da Comissao Européia emperraram o acordo na parte em que se tratava do prazo para o fim das negociaçoes: o Mercosul e o Chile querem que as discussoes terminem em 2.005, prazo em que também serao concluídas as negociaçoes para a Area de Livre Comércio das Américas e, teoricamente, a Rodada do Milênio. Os europeus argumentaram que o mandato negociador que eles conseguiram junto aos governos dos 15 países que compoem a comunidade nao autoriza fixar prazo para o final das negociaçoes, explicou o assessor especial da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República, Ruy Pereira.

'Vamos continuar negociando``, disse Ruy Pereira. 'É só uma questao de linguagem. Estamos tentando ajustar o texto``, minimizou Graça Lima. No entanto, o embaixador brasileiro dizia que nao se pode pensar apenas em agricultura, o setor que impulsionou, até agora, as negociaçoes com a Uniao Européia. Os países do Mercosul querem apressar as negociaçoes para derrubar barreiras européias aos produtos agrícolas.




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